A pedofilia é uma prática criminosa que assola o País. Apesar de violenta e traumática, ela muitas vezes se esconde no silêncio e até na falta de compreensão por parte das vítimas, podendo ter graves consequências psicológicas ao longo dos anos.
Com o advento de novas tecnologias e das redes sociais, a prática vem avançando cada vez mais. Diante da preocupação com nossas crianças e adolescentes, principalmente na primeira infância, período decisivo para o desenvolvimento do ser humano, defendo, na Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, a criação de um Cadastro Estadual de Condenados por Pedofilia.
A ideia é que todo cidadão possa ter acesso às informações de pessoas condenadas pelo crime de pedofilia após transitado em julgado. A lista deverá estar sob responsabilidade da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), em integração com o Ministério Público, Poder Judiciário e demais órgãos de segurança pública.
Estimulo o diálogo, não apenas com os demais deputados, mas representantes de entidades e sociedade civil, sobre a forma e responsabilidade social do projeto. Estamos dispostos a ouvir questionamentos e garantir maior segurança a todos. A preocupação é com nossas crianças, porém, com muita cautela para evitar maiores exposições e julgamentos aos nomes em questão.
Tenho plena convicção que este projeto funcionaria bem mais do que um simples cadastro, mas seria uma importante ferramenta que viria a somar no combate efetivo aos crimes de pedofilia que ocorrem, tanto na internet, como fora dela.
Neste ano, protocolei um requerimento parabenizando a Operação Luz na Infância, deflagrada pelo Ministério da Justiça, uma ação nacional que apura crimes de pedofilia através da internet, que resultou em mais de 60 prisões pela Polícia Civil em todo o País.
Não podemos ficar pacíficos diante de tanta atrocidade que acontece tão perto de nós. É necessário maior rigidez na legislação que disciplina o tema, punindo com mais rigor pedófilos, investir em aplicativos de monitoramento e controlar a exposição de crianças e adolescentes à internet.