A Defensoria Pública é, sem sombra de dúvidas, minha casa, pouso e destino. Desde que cheguei ao Ceará, em 2006, tenho me colocado à serviço dela, na arena dos desafios da instituição, atuado no interior, na capital, nas varas e núcleos especializados, na diretoria da associação e na gestão da instituição, participando diretamente das mais recentes lutas e conquistas. Esta capilaridade me permitiu conhecer os desafios que enfrentam a defensora e o defensor no cotidiano e pautar uma instituição mais forte e respeitada. Coloco meu nome à disposição para a sucessão na Defensoria Geral, porque tenho convicção de que posso aliar este conhecimento e experiência com o trabalho para avançar.
Temos vivido tempos de uma enorme instabilidade e intolerância, onde precisamos de mais firmeza e equilíbrio para garantir direitos que, inclusive, estão ameaçados de retroagir dada às recentes desconstruções dos ditames constitucionais. É imprescindível uma Defensoria Pública resistente às altas temperaturas da intolerância para evitar os retrocessos e pugnar por uma sociedade livre, justa e solidária. É neste momento difícil que cabe aos membros da Defensoria ainda mais sensibilidade, conhecimento técnico, amplificando a capacidade de diálogo. Nossa proposta está pautada nesta construção, fortalecer as instâncias de diálogo internas e externas, pelo crescimento e fortalecimento da instituição.
Comprometida com a população mais vulnerável e com cada defensora e defensor público, propomos a expansão da Defensoria, a isonomia plena, o respeito institucional, melhores condições e valorização do fazer defensorial, novas sedes, tecnologia avançada, parque tecnológico renovado, respeito à história da instituição, inovação e expansão de bons projetos, aperfeiçoamento do orçamento participativo, dentre outras propostas que visam democratizar e desenvolver a Defensoria Pública.
Acreditamos em uma sociedade mais justa, onde caibam todas e todos e em uma Defensoria forte para ser eco dos excluídos e dos anseios de quem precisa ser visto, percebido, ouvido e respeitado. Uma agenda feminista, da diversidade, dos direitos humanos e que resguarde nossa identidade, nossa luta por justiça, que ecoe a voz de todos e todas, sujeitos de direitos, e capazes de, com eles, reinventar o futuro melhor e de maiores conquistas.