A causa é nobre, o problema é grande, a campanha é importantíssima, sensibiliza, provoca e conscientiza a sociedade, em especial às mulheres, sobre a prevenção e o tratamento para o câncer de colo de útero e de mama, um dos maiores desafios conjunturais da saúde, relativos ao envelhecer da população e às doenças crônicas no Brasil, com incidência também nas faixas etárias mais jovens.

O panorama é delicado, inspira cuidados complexos e demandas antigas a serem removidas, pelo controle de indicadores: 'das mais relevantes questões da saúde pública'. Mas outros limitantes, muitas vezes invisíveis, impedem as mulheres de exercerem seus direitos tanto na prevenção, quanto na busca por tratamento adequado e prematuro. Lembrando que exame e tratamento são direitos e deveres de mulheres e homens.

Estudos sobre a história natural da doença e características moleculares melhoram bastante o diagnóstico e tratamentos; mas incluem os homens nas preocupações da prevenção.

As estatísticas são alerta que nos convocam individual e coletivamente para a causa. A situação do câncer de mama no Brasil: síntese de dados (Inca/RJ -2019) estima quase 60 mil novos casos neste ano; 29,5% dos CAs em mulheres. Homens representam 1% dos casos no País. Do relatório do Instituto: "Nesse cenário, o planejamento de estratégias de controle do câncer de mama por meio da detecção precoce é fundamental. Quanto mais cedo um tumor invasivo é detectado e tratado, maior a probabilidade de cura".

Mathew Knowles, ex-executivo musical e pai da cantora Beyoncé, declarou em recente entrevista de muita repercussão que tem câncer de mama. Fez isso para "alertar outros homens para a doença".

Diz a sabedoria popular que as mulheres têm mais juízo que os homens. Mas para ambos, direito é também dever. Elas devem enfrentar a busca dos diagnósticos do câncer de mama através da mamografia que, de fato, afasta ou chama ao tratamento. Eles devem enfrentar o Outubro Rosa e o Novembro Azul que se aproxima. Se toquem!