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Beatriz Cavalcante: Mercado de trabalho estagnado
Opinião

Beatriz Cavalcante: Mercado de trabalho estagnado

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Beatriz Cavalcante (Foto: 03 22:57:28)
Foto: 03 22:57:28 Beatriz Cavalcante

Os números da Pnad Contínua Trimestral divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o mercado de trabalho no Brasil estagnou. Não houve avanço nem recuo significativo. Os dados são uma verdadeira aula de como o emprego é o último fator a responder, o que ainda não aconteceu.

No País, a taxa de desocupação do 3º trimestre de 2019 foi de 11,8%. Uma leve redução de apenas 0,2 ponto percentual ante o 2° trimestre do ano e estabilidade em relação a igual período do ano passado. Ou seja, não houve mudanças, mesmo diante de índices econômicos melhores. A taxa básica de juros, a Selic, está em 5% ao ano, no menor nível desde o início da série histórica do Banco Central, em 1986.

Ela é o principal instrumento de controle da inflação, que está no menor resultado para o mês de outubro desde 1998. No acumulado do ano (2,60%) e nos últimos 12 meses (2,54%), as variações de preços também são pequenas. O que também representa baixo consumo por parte dos brasileiros.

O significado do que se apresenta até o momento no Brasil é que economia não se faz apenas de índices econômicos bons se o emprego não reagir, pois senão o ciclo não fecha. É preciso fazer a economia girar e por isso é importante que haja pessoas capazes de comprar o que está sendo produzido no País. Por isso a expectativa está na impulsão que as contratações do fim de ano e as reformas governamentais possam ter para uma retomada em 2020.

E quando as taxas de emprego entre estados são analisadas, vê-se que a situação permanece a mesma em relação ao trimestre anterior na maioria dos entes. É pequena a variação de pontos percentuais para cima ou para baixo. Em São Paulo, leve recuo (-0,8 p. p.). Em Rondônia leve aumento (1,5 p. p.), mas tudo na estabilidade nas demais 25 unidades da federação.

No Ceará não foi diferente, como detalha matéria da jornalista Irna Cavalcante, na página 9 da editoria de Economia. É igual ao cenário do País. Em um ano, quase não houve variação nos índices de trabalho no Estado. O número de desempregados é de 467 mil e 119 mil cearenses buscam emprego há mais de dois anos. n

 

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