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Antonio Dário Lopes Júnior: A PL 3288/2000 foi aprovada, o que esperar?
Opinião

Antonio Dário Lopes Júnior: A PL 3288/2000 foi aprovada, o que esperar?

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Tipo Notícia Por
Antonio Dário Lopes Júnior
Presidente da Comissão de Educação do Conselho Regional de Psicologia do Ceará 
 (Foto: Acervo pessoal)
Foto: Acervo pessoal Antonio Dário Lopes Júnior Presidente da Comissão de Educação do Conselho Regional de Psicologia do Ceará

Recentemente foi derrubado o veto 37/2019, que se referia ao Projeto de Lei 3688/2000, o qual versa sobre a inserção do psicólogo e do assistente social nas redes públicas de educação básica. É importante frisar que, neste momento, não falamos em escolas, mas na rede de ensino como um todo. Embora o projeto inicial tratasse acerca da inserção desses profissionais nas escolas, para ser aprovado teve que ser modificado. Após a promulgação o Estado terá prazo de um ano para fazer as adaptações necessárias para que esses profissionais estejam atuando nas redes de ensino.

Contudo, em que os psicólogos e assistentes sociais poderiam auxiliar dentro da rede de ensino?

Quando pensamos no que isto pode auxiliar ao processo da educação, temos que indagar que o psicólogo e o assistente social, uma vez que inseridos dentro do contexto educacional, não atuam apenas com os alunos, mas sim, com toda comunidade escolar e educacional, que perfaz alunos, professores, gestores e comunidade como um todo, auxiliando na promoção do desenvolvimento integral, da aprendizagem, da adequação de conteúdos escolares, bem como no enfrentamento aos problemas advindos do próprio cotidiano educacional, tais como a violência, a intolerância - uma vez que temos a possibilidade de abrir espaços para discussão -, o suicídio e a automutilação, dentre outras questões.

Ao adentrar nas equipes multiprofissionais, psicólogo e assistente social, podem auxiliar na qualificação de estratégias de enfrentamento a queixas escolares e educacionais, uma vez que devemos conceber os entraves no processo de educação escolar em aspecto multifatorial. Por vezes, o problema apresentado como queixa no cotidiano educacional não é circunscrito a esta esfera, mas se faz presente em aspectos sociais e comunitários que reverberam na educação. Em vez de conceber os problemas como referentes aos estudantes em um âmbito individual é possível trabalhá-lo em um aspecto coletivo, conhecendo o território, bem como tensionar as políticas de saúde e assistência e, desta forma, trabalhar em uma perspectiva preventiva. 

 

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