Logo O POVO+
Capitão Wagner: Planejamento, obras e pessoas
Opinião

Capitão Wagner: Planejamento, obras e pessoas

Edição Impressa
Tipo Notícia Por
Capitão Wagner
Deputado federal (Pros)
 (Foto: Acervo pessoal)
Foto: Acervo pessoal Capitão Wagner Deputado federal (Pros)

As obras de infraestrutura são essenciais para a cidade, principalmente, quando os resultados dessas intervenções representam melhoria para a vida das pessoas. Porém, o foco do gestor público deve estar direcionado para o planejamento e para a análise de prioridade dessas obras. Importantes avenidas de Fortaleza foram transformadas em canteiros de obras, que não necessariamente refletem as necessidades da cidade e dos cidadãos. A estratégia, que releva uma tentativa de impactar na opinião dos eleitores, justamente pela ausência de um planejamento mais robusto, acaba por impactar diretamente na rotina de moradores, transeuntes, comerciantes e turistas.

Obras são feitas para as pessoas, mas se executadas sem a devida organização e planejamento, imobilizam a circulação, especialmente em épocas de chuvas, que acarretam em desperdício do dinheiro público.

Tal realidade nos leva a questionar a razão pela qual, a decisão de executar tais obras se dá apenas nos períodos que antecedem as eleições. Qual a medida de eficácia dessas ações? O que motiva um gestor a optar pelo desperdício? Tal realidade nos leva a questionar por que só em ano de eleição resolve-se consertar tudo.

Na avenida Beira Mar, por exemplo, obras em período de alta estação, geram impactos negativos na imagem da cidade junto aos visitantes e dificultam até o uso regular pelos próprios fortalezenses em seu período de férias, prejudicando toda a cadeia de serviços voltados para o turismo.

Outra obra que é retrato da ausência de programação e da inversão de prioridades por parte da gestão, é a avenida Desembargador Moreira. Um projeto de "requalificação viária" em toda sua extensão, sendo executado num pavimento que estava em perfeito estado, orçado em R$ 11,2 milhões, com duração de até 12 meses. No final de janeiro, a chuva atingiu duramente o canteiro de obras, que se tornou um rio de lama e destruição.

Atualmente, R$ 1,5 bilhão está sendo dispensado em obras, que poderiam realmente influir na vida da cidade, principalmente, na periferia, onde a população convive com ruas esburacadas e sem pavimento; esgotos a céu aberto; escolas precisando de reformas; e, em especial, programas e iniciativas sociais que poderiam ser incentivados, priorizando as pessoas. 

 

O que você achou desse conteúdo?