Após a Segunda Guerra Mundial, Viena, capital da Áustria, precisava restaurar sua economia. Para tal retomada, os eventos receberam atenção especial. Perceberam que os eventos na cidade injetavam dinheiro novo na economia local. Em 1969 foi fundado o Vienna Convention Bureau, pois entenderam que quanto mais turistas de eventos fossem à cidade, melhor seria para as empresas locais. Esse exemplo mostra o poder do setor de eventos para a economia.
Quando a pandemia da Covid-19 obrigou o Governo a decretar paralisação em vários segmentos econômicos, o setor de eventos foi diretamente afetado. Decretou-se suspensão de eventos com mais de 100 pessoas, de feiras e de exposições. A maioria dos eventos do 1º semestre foi cancelada ou adiada.
Hoje as empresas precisam de ajuda. O faturamento evaporou e os custos permaneceram. Quais empresas sobreviverão? Serão aquelas que conseguirem se reinventar, oferecendo novos serviços ou migrando para o online? Mas como uma montadora construirá um stand virtualmente? Como um garçom holográfico servirá comida? Como cada segmento fará nesse novo cenário?
Quando a quarentena passar e a confiança da população permitir voltar a realizar eventos, este setor terá papel fundamental na recuperação da economia. Para cada colaborador direto são 31 indiretos (Abeoc Brasil, 2013). As empresas precisam sobreviver, para também salvar emprego e renda do taxista, garçom, camareira, recepcionista, cerimonialista, decorador e dos 52 segmentos econômicos do setor de eventos.
Entidades do setor como Abeoc, Sindieventos, Visite Ceará e Câmara Setorial de Turismo e Eventos são fundamentais na interlocução entre empresas e governo na busca por soluções à retomada do setor. Segundo pesquisa da Unifor e Fecomércio-CE, em 2018 esse setor injetou R$ 550 milhões na economia de Fortaleza.
Neste momento de incertezas é importante que empresários, profissionais, colaboradores, free lancers e governo estejam buscando soluções para o retorno desse segmento tão importante para a retomada da economia local. Fica a pergunta: como este setor será na era pós-Covid-19?