Ainda é cedo para mensurar os reais impactos da pandemia do novo coronavírus nas dinâmicas econômicas globais. Vivemos um cataclismo sem paralelo, apenas comparável à retração provocada por uma guerra mundial, mas sem a destruição de infraestruturas nem a perda de milhões de vidas. Na origem do problema, as ameaças impostas pelas mudanças climáticas, perda de biodiversidade e poluição do ar e da água precisam ser enfrentadas em escala global, de maneira semelhante à campanha contra o vírus.
Na busca por uma nova composição econômica mais solidária e menos predatória, imagina-se que o único cenário viável para a humanidade é o desenvolvimento sustentável.
Tendo como bases éticas satisfazer as necessidades humanas, garantir a justiça social, respeitar as limitações ambientais e incentivar a cultura, o desenvolvimento sustentável sugere, de fato, qualidade em vez de quantidade com a redução do uso de matérias primas e de produtos e o aumento da reutilização e da reciclagem.
Nessa procura por novos paradigmas onde a colaboração altruística seja mais valorizada do que a competição, eis que surge como forte tendência a economia circular!
Redefinindo a noção de crescimento com novos padrões de produção e consumo, a economia circular se apresenta como uma alternativa saudável tendo como foco a eliminação de resíduos, a ampliação de ciclos de usos de materiais e de produtos e a regeneração de sistemas naturais.
Cabe ressaltar que a transição para uma economia circular não se limita a ajustes visando a reduzir os impactos negativos da economia linear. Ela representa uma mudança sistêmica que constrói resiliência em longo prazo, gera oportunidades de negócios e proporciona benefícios ambientais e sociais.
Dados os avanços recentes, as tecnologias digitais têm o poder de apoiar a transição para uma economia circular ao aumentar radicalmente a virtualização, desmaterialização, transparência e inteligência gerada por ciclos de retroalimentação.
Na circularidade, a atividade econômica contribui para a saúde geral do sistema!