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José Teixeira Neto: O auxílio emergencial precisa continuar
Opinião

José Teixeira Neto: O auxílio emergencial precisa continuar

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Tipo Notícia Por
José Teixeira Neto 
Bacharel em Economia e Direito e servidor público
 (Foto: Acervo pessoal)
Foto: Acervo pessoal José Teixeira Neto Bacharel em Economia e Direito e servidor público

Ainda em curso o pagamento da segunda parcela do auxílio emergencial - que inicialmente fora proposto pelo governo de R$ 200,00, e que por ocasião da aprovação no Congresso Nacional, os parlamentares aumentaram para R$ 600,00, que seriam pagos para as pessoas por conta da pandemia e do consequente isolamento social que deixaram de auferir renda de qualquer tipo, notadamente os autônimos e eventuais, nos meses de abril, maio e junho. No entanto, levando-se em conta justificadamente, a lenta liberação das atividades econômicas, urge a necessidade da prorrogação deste auxílio por mais alguns meses.

Os economistas, mesmo os liberais, fazem previsões que indicam um prazo mínimo de seis meses para uma retomada gradual da atividade econômica. Portanto, a prorrogação até dezembro desta renda mínima para os carentes e desprovidos de ocupação formal, visando lhes proporcionar a subsistência, constitui um imperativo neste momento de resgate do fluxo econômico. Como economista e advogado respaldo tal necessidade.

Começamos 2020 já com um alto índice de desemprego. As estatísticas revelavam que a produção das empresas era pior que a do ano findo de 2019. Como o mercado de trabalho não havia melhorado, afetando positivamente o consumo, os problemas de demanda interna continuavam.

Apesar da aprovação das reformas fiscais e econômicas com destaque para a da Previdência, que para o ministro Guedes seria o ponta pé inicial para a retomada do crescimento, os resultados pífios e nada do que prometera se confirmara. Daí, o nome novo que ganhou no seio da sociedade: Paulo Rolando Lero Guedes.

Enfim, países que tem um grau de informalidade menor que o Brasil, já entenderam que pra retomada da economia será necessário dotar a população de uma renda mínima, para que a moeda circulante e o consumo aumentem e a consequente arrecadação via impostos. Isto desencadearia a retomada econômica.

A França está disponibilizando 20% do seu PIB para recuperar a renda dos assalariados. Se o nosso governo prorrogar o auxílio até dezembro isso importará somente 0,55% do nosso. Se isto não ocorrer, temo pelo pior. 

 

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