Nos últimos meses um número enorme de empresários, deficitários em termos de liquidez, tem perdido o sono em decorrência de uma pergunta objetiva: "A Covid-19 afetou meu negócio, e agora?".
Vejamos, em seu livro The Black Swan, Nassim Taleb reforça a necessidade de fortalecemos os cenários frágeis de modo a criarmos uma mola propulsora para a criação de cenários positivos. Nesta linha, Joseph E. Stiglitz em Freefall, menciona o combate à crise de 2008, ideias mais criativas poderiam endereçar a fragilidade e ineficiências de mercado.
Notamos, a partir de diversos posicionamentos sobre eventos críticos que a criatividade é um passo fundamental na elaboração de um plano de ataque bem ponderado contra os efeitos econômicos adversos. São inúmeros os exemplos de empresas que criativamente transformaram seus modelos de negócios ou alavancaram novos produtos em tempos de Covid-19. A empresa chinesa Alibaba é uma ótima exemplificação, durante a crise realizou parcerias com mais de 100 bancos chineses para, juntos, lançarem um produto referente a empréstimos.
Outra chave ao sucesso, destacada de qualquer crise é a resiliência. A história nos ensina que em cenários onde as chances de fracasso eram altas, a resiliência foi a pedra angular do sucesso. A resiliência que precisamos incorporar em nossa cultura é, sem dúvida, atrelada a um planejamento de longo prazo. Cita-se como exemplo a história de sucesso da Johnson & Johnson, que sobreviveu momentos críticos de sua história com a venda concentrada em Band-Aid.
Longe de termos uma resposta objetiva, ao analisarmos que o mundo se prepara para um novo normal, aprendemos que se caso quisermos sobreviver, precisaremos estar dispostos a executar um plano de contingência estratégico bem estruturado, criativamente analisado, visando médio e longo prazo, e possuir uma habilidade essencial ao lidar com nossos problemas durante a crise, a resiliência, que nos tornará mais fortes ao combate da crise, apesar dos cabelos mais brancos.