O Centro Industrial do Ceará (CIC) completou, em 2019, um século de existência. Trata-se, portanto, de uma instituição que atravessou o tempo e, no seu primeiro ciclo centenário, fomentou valorosa contribuição para o nosso Estado, no tocante ao seu papel primordial de entidade de classe, insculpindo, também, na história do Ceará uma marca indelével que impulsionou mudanças na condução política de nosso Estado.
No cenário atual, diante de uma realidade de pandemia em que vamos ter que reconstruir em novas bases a economia, precisamos nos reinventar e recorrer à inovação. Assim, se descortina para o CIC e, para as demais entidades empresariais, um ciclo de novos e grandes desafios.
A sociedade sente os reflexos iniciais da pandemia Covid-19, que já atingiu praticamente todos os países, causando milhares de mortes e impactando, negativamente, a economia mundial.
Desta vez, inusitadamente, a crise é bem distinta das crises derivadas do próprio funcionamento das estruturas econômicas. Enfrentamos uma crise derivada de um vetor sanitário de proporção global que, além de ceifar um número assustador de vidas humanas, tem causado impactos negativos expressivos na economia mundial. Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), a retração na economia global pode superar a 3% e no Brasil poderá atingir 5,3%, ocasionando a maior recessão desde a Grande Depressão.
Em nossa gestão, pretendemos dar continuidade ao projeto de melhoria do ambiente de negócios, formatado para facilitar a vida do empreendedor cearense, e, também, buscar alternativas para a consolidação dos polos industriais nos moldes do que está sendo implementado pelo setor químico em Guaiúba, bem como impulsionar o crescimento do setor industrial no mercado interno, considerando as discussões sobre uma reindustrialização para que os países sejam menos dependentes dos produtos chineses, fato que ficou mais evidente com a pandemia, o que vai gerar novas oportunidades.
Para isso, os empresários industriais cearenses e, notadamente, o CIC precisam atuar no sentido de cobrar políticas emergenciais eficazes, para garantir a solvência das empresas, estancando a aceleração desenfreada do desemprego, fator de agravamento da crise econômica, que ainda não temos noção exata da dimensão, e a retomada da agenda de reformas para que se descortine uma saída mais segura para o desenvolvimento futuro.