Das muitas promessas que o eleitor já vem escutando para atrair o voto nas eleições municipais deste ano, o que se deve prestar atenção é quando as falas chegam ao campo utópico. Não existe salvador da pátria. Quem assim se vende deve ser visto com desconfiança.
Se juram acabar ou eliminar algo em quatro anos de mandato, principalmente se forem problemas estruturais, querem dar um passo maior que a perna. A atenção deve ser redobrada a estes discursos de herói.
Geralmente é com estes que a população mais se decepciona, pois as ilusões estão postas desde o início da campanha política não oficial. O retorno do voto não chega e uma hora a população que decidir acordar vai cobrar, mas ainda há os que continuam a acreditar. É um processo longo de consciência política. Nem todos têm.
A guerra política que já se intensificou é feita principalmente de um jogo de palavras para fisgar votos - entre outras estratégias. A comunicação é a arma dos candidatos e as redes sociais já vinham sendo usadas nos anos que se passaram para fomentar na cabeça do eleitor o candidato perfeito.
Um político é muito bem preparado para dizer o que a população deve ouvir. A comunicação muito bem elaborada, por meio do marketing, é usada nos confrontos. Mas mesmo o mais bem preparado candidato já deixou escapar em sua trajetória para o que vem.
Por isso, a informação é a aliada do eleitor para enxergar além das aparências. É um "trabalho" mesmo de ler as notícias, ouvir os debates, pesquisar sobre o histórico de votações e ações.
Os meios de comunicação de credibilidade, como jornais, são fontes riquíssimas a serem consultadas. É neles que o registro do que já passou e não pode mais ser apagado vai estar e com apuração dos fatos. Diferentemente das redes sociais, campo difuso de dados, muitas vezes sem checagem.
Portanto, neste 2020, espera-se que o eleitor tenha aprendido algo com os pleitos passados e não resolva cair no mais do mesmo. Muito aprofundamento do debate é necessário antes de apertar os números da urna.