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Ana Karina Paiva Frota: Internacionalização como estratégia
Opinião

Ana Karina Paiva Frota: Internacionalização como estratégia

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Ana Karina Paiva Frota 
Gerente do Centro Internacional de Negócios da Fiec e vice-presidente da Câmara Setorial de Comércio Exterior e Investimentos da Adece
 (Foto: Acervo pessoal)
Foto: Acervo pessoal Ana Karina Paiva Frota Gerente do Centro Internacional de Negócios da Fiec e vice-presidente da Câmara Setorial de Comércio Exterior e Investimentos da Adece

A crise sanitária afetará intensamente a economia mundial em 2020. Os impactos sobre o Ceará serão expressivos e demandam reflexão sobre os mecanismos que poderão ser usados para reativar a economia cearense.

Uma dimensão importante da agenda estrutural de reformas da economia do País é a redefinição de sua integração econômica com o mundo. Essa agenda global está vinculada com a revisão de estímulos aos protagonistas econômicos no País, estímulos esses focados em vantagens de produtividade, redução de concentrações de mercado e ampliação da competitividade internacional do Ceará.

A opção assertiva do governo brasileiro é avançar nas reformas estruturais e abdicar de suas metas fiscais para este ano. O momento suplica apoio às empresas, sob pena de causar um prejuízo para o mercado de trabalho irreparável.

É válido recordar a lacuna histórica nacional da baixa poupança interna e a atual condição de restrição fiscal, acentuada pela emergência criada pela pandemia.

O Estado do Ceará registrou o valor de US$ 1,12 bilhões de exportações no acumulado de janeiro a julho de 2020. Este valor corresponde a redução de 19,3%, se comparado com o mesmo período de 2019. No entanto, quando comparamos o desempenho de julho em relação ao mês anterior constatamos um aumento de 13,8% nas exportações cearenses. É um primeiro passo para a recuperação econômica.

Vale destacar que o Estado reduziu em 40,9% as exportações para os Estados Unidos, somando US$ 390,9 milhões no acumulado de 2020. Por outro lado, no ranking dos países de destino das exportações cearenses, a China ocupou o segundo lugar e importou o valor histórico de US$ 153 milhões, impulsionado pela procura de produtos do setor siderúrgico e do setor de minérios.

A internacionalização é estratégica para dinamizar a economia cearense. É vital assegurar o bom funcionamento do comércio internacional, baseado na obediência às regras globais, e recusar posições em defesa de medidas protecionistas, considerando inclusive o potencial dano no acesso de produtos cearenses a mercados internacionais. 

 

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