Cresce e se consolida em todo o mundo a economia criativa. No Brasil, o último Mapeamento da Indústria Criativa elaborado pela Firjan, em 2017, apontou que as atividades relacionadas à economia criativa foram responsáveis pela geração de R$ 171,5 bilhões. O mesmo estudo compara esta cifra ao valor de mercado da sexta marca mais valiosa do mundo, a Samsung, ou à soma de quatro das maiores instituições financeiras globais (American Express, J. P. Morgan, AXA e Goldman Sachs). O mapeamento também apontava em 2017 o total de 837.206 profissionais formalmente empregados em atividades ligadas à economia criativa.

A economia criativa é aquela baseada em modelos de negócio ou gestão em que o conhecimento, criatividade ou capital intelectual constituem os principais ativos. De acordo com a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), ela engloba atividades relacionadas a quatro eixos: patrimônio (expressões e sítios culturais), artes (visuais e dramáticas), mídia (publicidade e mídia impressa e audiovisual) e criações funcionais (design, novas mídias e serviços criativos).

Observando a região Nordeste, berço de importantes manifestações culturais e diversos profissionais que utilizam a criatividade como principal ferramenta de trabalho, identifica-se enorme potencial ainda a ser desenvolvido considerando o contexto socioeconômico mencionado.

Como forma de contribuir para o desenvolvimento desta capacidade latente, por meio da criação de novos negócios criativos e pelo fortalecimento dos negócios existentes na área, as nove unidades federativas nordestinas do Sebrae em parceria com Associação dos Sebrae Estaduais/Nordeste (Abase Nordeste) e o Sebrae Nacional elaboraram e estão implementando o Projeto Regional Nordeste da Cadeia de Valor da Economia Criativa.

Uma das ações do projeto é o Festival Nordestino de Economia Criativa, que o Sebrae/CE realizará de 28 a 30 de setembro, trazendo uma vasta programação online e gratuita, com participação aberta ao público interessado na temática.