Solidários aos que perderam entes queridos na pandemia do novo coronavírus, temos também a certeza de que não poupamos em agilidade, criatividade e energia para possibilitar que nossos alunos e professores seguissem aprendendo e ensinando durante a quarentena. Convém consignar aqui os principais momentos deste ano ímpar.
Quando o vírus chegou ao Brasil já era claro que a suspensão das aulas presenciais não seria breve. A experiência em outros países mostrava escolas funcionando digitalmente há duas semanas na Itália e no noroeste dos Estados Unidos, e as escolas em Hong Kong já estavam fechadas há 45 dias.
Em 18 de março, após poucos dias de preparação, migramos o ensino para uma plataforma digital. Por valorizar a interação, decidimos que todas as aulas deveriam ser síncronas e mantivemos intocados os horários dos encontros. Decidimos concentrar em uma única plataforma para tornar mais amigável a experiência do aluno e possibilitar que nossa equipe de TI oferecesse suporte para todas as disciplinas.
As primeiras semanas foram intensas. A batalha pela migração teve contornos distintos em cada curso. Somente o objetivo era único: fazer toda a UNI7 (Centro Universitário 7 de Setembro) chegar aos alunos apesar da quarentena. A criatividade dos professores e a disposição para compartilhar experimentos bem-sucedidos levou ao contínuo aprimoramento, de forma que 2020.1 foi concluído dentro do calendário e 2020.2 iniciou, com grande naturalidade, ainda em formato digital. Percebemos que as aulas remotas possibilitavam também receber convidados de outros países e chegamos a organizar mesas redondas com palestrantes de três fusos horários distintos.
A retomada das aulas presenciais para disciplinas práticas teve início em 7 de julho e trouxe uma nova gama de desafios. Os alunos têm o direito de decidir continuar em casa ou voltar ao campus e, por isso, cada disciplina precisa considerar dois ambientes ao mesmo tempo. Este aprendizado ainda está em andamento e a instituição segue apoiando a criatividade e a disposição dos professores para compartilhar melhores práticas.
Ao longo da jornada a proximidade dos coordenadores foi decisiva para identificar e encorajar os alunos que sentiram dificuldades para se adaptar ao novo formato. Reafirmamos nosso compromisso com a autonomia docente quando decidimos, em meados de abril, seguir com o calendário de avaliações.
As escolas da livre iniciativa irão lembrar da pandemia como um período em que os instintos competitivos deram lugar à cooperação e à troca de experiências. Os quase seis meses de quarentena culminaram no esforço de testagem antes do retorno das escolas infantis. IESs (Instituições de Ensino Superior) com cursos na área da saúde e outras instituições particulares colaboraram com a Secretaria de Saúde para colher amostras de 6.000 professores e profissionais em um intervalo de quatro dias.
Na última sexta-feira o governador Camilo Santana sinalizou que o retorno ao ensino presencial para todas as disciplinas da graduação ocorrerá em 15 de outubro. Seguiremos, sempre atentos aos protocolos de biossegurança, buscando os meios mais eficazes para apoiar nossos alunos em sua formação profissional.