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Iara Andrade: Educação e pandemia: a hora da retomada
Opinião

Iara Andrade: Educação e pandemia: a hora da retomada

Edição Impressa
Tipo Notícia Por
Iara Andrade
Diretora do Grupo Mrh
 (Foto: Acervo pessoal)
Foto: Acervo pessoal Iara Andrade Diretora do Grupo Mrh

Nenhuma instituição de ensino do mundo estava preparada para enfrentar os desafios da pandemia: de Harvard à escola de bairro do interior do Brasil, todos tiveram que se reinventar.

Na hora que tudo começou não se sabia o tamanho do enfrentamento, nem no âmbito pessoal nem no âmbito profissional, não sendo diferente com as instituições de ensino. Após um cenário de incertezas, agora o complexo dilema é o processo de volta às aulas.

Nesse cenário ainda de incertezas, embora menores, certo é que o retorno almejado não pode ser 100% presencial, e, que, por um bom tempo, teremos a realidade do sistema híbrido como solução intermediária.

A dinâmica adaptativa do ser humano demonstrou que quase quatro meses em aulas virtuais foram suficientes para verificar que a metodologia funciona bem para o ensino superior e ensino médio, embora nem tanto para o ensino fundamental e o ensino infantil, uma vez que, por mais que as escolas fundamentais e infantis tenham-se reinventado, pois no lúdico a interação social é mais necessária na formação dos pequenos.

Já no ensino superior, há mais casos de sucesso do que de fracasso. A necessidade e o nível maior de amadurecimento dos alunos desembocaram em soluções rápidas que atenderam a ausência do presencial, com aulas ao vivo que permitiram a troca de experiências teóricas e práticas tão importantes nesta formação.

E, agora, está chegando a hora de voltar… a indagação é de como será a sala de aula, que não será a mesma até a vacina chegar. Temos uma certeza: a maioria dos estudantes sente falta da sala de aula física, abraçar o colega, cumprimentar calorosamente o professor e até mesmo sofrer no dia da prova sabendo que poderia ter estudado mais.

Por óbvio, o calor humano não poderá ser o mesmo de antes, mas o retorno às aulas, embora híbrido, decerto servirá para aliviar um pouco a ansiedade. O desafio é grande, mas a vontade de que o "novo normal" se transforme em "nosso normal" é maior ainda. Com isso, não tenho dúvidas que todos os envolvidos, escola, professores e alunos não medirão esforços em busca da excelência do ensino. 

 

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