A entidade da sociedade civil organizada com maior representatividade na sociedade agora se vê diante de diversas discursões internas que lhe impõem como única saída um avanço democrático.
Em meio a vários problemas expostos em matérias jornalísticas dando conta, por exemplo, de questionamentos sobre gastos injustificáveis e falta de transparência na utilização dos recursos e na condução de seccionais, como a cearense, emerge em todo o País um movimento suplicando por eleições diretas na Ordem dos Advogados do Brasil.
O atual sistema elege uma chapa, afastando dos advogados o direito de legitimar suas preferências democráticas para os cargos, sendo ainda menos participativo em nível nacional. Diversos pontos precisam ser refletidos, como a forma de escolha da comissão eleitoral, que fica responsável pela análise das denúncias e condução do pleito, que hoje é feita pela própria gestão que está no poder.
O presidente nacional da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), advogado Felipe Santa Cruz, em um hercúleo esforço contra o atual sistema, já manifestou publicamente a preferência pela democratização das eleições, permitindo a todos os advogados a possibilidade de votar para a diretoria nacional da entidade, tendo montado uma comissão para tal análise, que hoje é presidida pelo vice-presidente nacional da OAB, Luiz Viana.
Portanto, é tempo de expurgarmos as velhas práticas da nossa entidade e voltarmos os olhos para a real necessidade dos advogados, fazendo o dever de casa, a começar pela democratização do sistema com a participação da classe em todas as escolhas, a fim de legitimar a atuação da instituição dentro da sociedade, como já acontecera em outros momentos históricos.