Sete meses após o início do isolamento social, a Casa da Mulher Brasileira já retomou suas atividades presenciais quase que integralmente. No balanço da pandemia, contabiliza 71.729 atendimentos, entre junho e setembro, além de uma série de ações em defesa das mulheres em situação de violência, que viram esse cenário se agravar com a ocorrência do coronavírus. Ao longo dos meses, a direção do equipamento, gerido pela Secretaria da Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos, em diálogo com a sociedade civil e o sistema de Justiça, buscou diversas iniciativas de enfrentamento a esse mal.
Com funcionamento presencial 24 horas, por meio da Delegacia de Defesa da Mulher, a Casa deu suporte a todos os demais órgãos, divulgando contatos e formas de atendimento às mulheres, ainda que remotamente. Com alternativas tecnológicas, possibilitou que as mulheres contassem com suporte de atendimento permanente, durante todo o período de isolamento.
Também foi uma ação da Casa fortalecer os diversos canais de denúncia, como Disque 100 e 180, além de estimular campanha de sensibilização a familiares e vizinhança para o enfrentamento à violência contra a mulher. Foi nesse sentido que a Casa firmou parceria com os Institutos Avon e Maria da Penha, integrando o projeto "Distantes Sim, Sozinhas Nunca".
A Casa da Mulher Brasileira também deu suporte aos abrigos para mulheres em risco iminente de morte, de todo o Estado, realizando o traslado das abrigadas e da equipe do psicossocial. Profissionais e agentes públicos que integram a rede de enfrentamento e acolhimento às mulheres em situação de violência doméstica, intrafamiliar e sexual, receberam capacitação on-line, com vistas a atualizar as formas de lidar com essas situações, atentos a uma ação humanizada e de fortalecimento dessa mulher.
Atualmente, dentro dos critérios estabelecidos pelo governador Camilo Santana, a Casa da Mulher Brasileira disponibiliza atendimento presencial de diversos órgãos. Os que permanecem em atendimento remoto, disponibilizam equipe presencial em situações de urgência. Sabemos que os efeitos da pandemia sobre as mulheres serão ainda mais graves que sobre os homens. Queremos que as mulheres saibam que estamos aqui, prontas a atendê-las e, juntas, vencermos esse ciclo de violência. n