O segundo turno deste ano, em Fortaleza, repete a simbologia da disputa de 2016. A promessa de mudança estampada pelo candidato Capitão Wagner, contra o candidato da oligarquia Ferreira Gomes.
A polarização se desenha entre eleitores motivados pela ânsia de mudança e fim da gestão do grupo político capitaneado pelo coronelismo da família sobralense, versus a apatia dos eleitores alimentada pelo conformismo e desarrazoado medo de mudança.
Capitão Wagner traz uma proposta de governo que oferece: Um Pacto de Todos por Fortaleza. Embora tenha muitas propostas capazes de satisfazer o eleitor indeciso e/ou inseguro, o candidato vai ter que se esforçar no segundo turno para superar o tempo perdido com a campanha morna feita até aqui.
Do outro polo, com uma campanha pouco propositiva, o candidato Sarto se esforça em tentar se apresentar para a grande maioria que mal sabia da sua existência, de tão irrelevante que é a sua trajetória de 30 anos de carreirismo político.
Contudo, o candidato dos Ferreira Gomes fez do "limão uma limonada". Com uma proposta de governo que se resume em seguir o projeto Fortaleza 2040, o escolhido dos Ferreira Gomes aproveitou para criar um personagem: médico preocupado com a saúde e político experiente que sabe "o que, quando e como fazer". Imensa hipocrisia típica da oligarquia que ele representa, afinal de contas, a saúde pública é o maior gargalo. Décadas na vida pública e só agora descobriu o que fazer?!
E não é diferente o candidato a vice-prefeito da malfadada legenda 12, pois quem é o Élcio Batista senão o criador do programa Ceará Pacífico? Que estampa como resultado altos índices de criminalidade, crescimento das facções criminosas, além do terror constante em territórios onde o "Estado Paralelo do Crime" se consolida.
Se há duas pautas que o fortalezense mais exige atuação do Poder Público, estas são: saúde e segurança. Fatidicamente, as especialidades que o candidato Sarto e seu vice representam como bandeiras máximas de fracasso.
Há motivos para o eleitor fortalezense aderir ao conformismo? Evidente que não! n