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Capitão Wagner: A ineficiência da aplicação da vacina no Ceará
Opinião

Capitão Wagner: A ineficiência da aplicação da vacina no Ceará

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Capitão Wagner
capitaowagner@gmail.com
Deputado estadual do Ceará e deputado federal eleito pelo Pros (Foto: Divulgação)
Foto: Divulgação Capitão Wagner capitaowagner@gmail.com Deputado estadual do Ceará e deputado federal eleito pelo Pros

Com quase 100% do território do Ceará com alerta "altíssimo" para a transmissão da Covid-19, conforme os últimos dados do IntegraSus, plataforma oficial da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), e com a rede pública já colapsada, sem leitos, para receber os pacientes com Covid-19, é pertinente o questionamento sobre a ineficiência do Governo do Ceará na execução do plano de vacinas.

O Governo do Ceará cobrou agilidade do Governo Federal para a aquisição dos insumos, mas os dados na plataforma do Ministério da Saúde denunciaram: de cada 10 vacinas entregues pelo Governo Federal, o Governo do Ceará teve a capacidade de aplicar apenas três. Por que, em um momento emblemático de iminência de um colapso, sete das dez vacinas ainda estavam no freezer do governador?

As incoerências vão além da ineficiência da aplicação das vacinas. Como o governo estadual pode querer isentar-se da responsabilidade sobre as mais de 11 mil vidas perdidas em detrimento do coronavírus?

A Covid-19 mostrou, ainda, que a política do concreto e do cimento na gestão Ferreira Gomes é ineficaz. Quantos hospitais construídos em nosso Estado estão com as portas fechadas, sem poder atender um paciente e salvar vidas? Realidade triste de se acreditar.

A lista de equívocos não para por aí. Lembramos a exposição dos profissionais da saúde em filas gigantescas para serem imunizados; a superlotação que os fortalezenses enfrentam todos os dias nos coletivos ou nas viagens intermunicipais; o fechamento do hospital milionário de campanha de Fortaleza; a destinação de recursos em obras que, nesse momento, não são essenciais como os R$ 116 milhões para o bondinho elétrico; mais de meio milhão que seria gasto na confecção de um livro sobre a Covid-19, assim como a destinação de R$ 5 milhões para a construção de uma estátua religiosa no município de Caridade.

Como se não bastasse tudo isso, o Ceará deu um péssimo exemplo com os fura-filas. Sim, autoridades, prefeitos e servidores públicos furaram a fila e tomaram as vacinas no lugar dos grupos prioritários e mais sensíveis ao vírus. Crimes, inclusive, sendo investigados pelo Ministério Público do Ceará. O bem maior que é a vida não pode mais se sobrepor à politicagem.

 

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