"PRESTE ATENÇÃO" - Há uma crise na qual todos devemos prestar atenção - e essa crise é sem precedentes no Brasil, a onda da variante #P1. Hospitais sobrecarregados e aumento acentuado da mortalidade. Se mais contagiosa, a #P1 ficará fora de controle em todo o mundo, estamos todos ameaçados."
Esse alerta foi postado no último domingo, 21, no twitter do epidemiologista e economista em Saúde, Eric Fiegl-Ding.
O primeiro artigo que escrevi sobre a pandemia acaba de completar um ano. Naquele momento, destaquei a importância de verdadeiros líderes para assumir as rédeas e implementar um plano com medidas rápidas, articuladas e efetivas para barrar o avanço do contágio.
Já tínhamos o aprendizado do exemplo de outros países como China, Itália e Estados Unidos, que tiveram picos de contaminação antes do Brasil. Não entramos nisso inocentes.
Não sei se é produtivo agora listar as responsabilidades por termos chegado na trágica situação atual, embora tenham que ser investigadas e punidas. Mas agora temos que focar nas soluções. Ficou muito mais difícil.
Com quase 300 mil vidas perdidas e uma média diária de 2 mil óbitos por Covid-19, o Brasil está com um saldo de perdas irreparáveis que poderiam ter sido minimizadas.
Mas focando em caminhos, não é inteligente dar margem para amadorismo, negacionismo, negligência e boicotes. O Governo Federal precisa apoiar os estados, acelerar a compra de vacinas, resolver com urgência o auxílio emergencial e o plano de recuperação da economia. Cada um precisa estar mobilizado para vencer esse caos. Cobre as autoridades competentes, colabore com as medidas de prevenção, fiscalize e oriente.
Com o sistema de saúde público e privado em colapso, profissionais de saúde exauridos, variantes do vírus surgindo e uma economia devastada, precisamos resistir até que chegue a vacinação em massa e não podemos deixar que faltem alimentos, remédios, oxigênio e empatia. Não temos mais tempo para errar. Há milhares de vidas em jogo.
Ministério Público, Congresso e STF sabem a sua parte nessa missão. Não sejam cúmplices desse genocídio. O Brasil precisa respirar.