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Rodrigo Astolfi: Covid-19, mutações e a saúde do organismo
Opinião

Rodrigo Astolfi: Covid-19, mutações e a saúde do organismo

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Rodrigo Astolfi, médico (Foto: DIVULGAÇÃO)
Foto: DIVULGAÇÃO Rodrigo Astolfi, médico

O coronavírus sofreu mutações rápidas e surpreendentes num curto espaço de tempo que lhe conferiram vantagem evolutiva. A mutação E484K encontrada no Brasil e na África do Sul tem maior resistência à vacina, uma redução de 50% da eficácia da vacina de Oxford e redução ainda não estudada na vacina Coronavac.

Isso porque a mutação faz com que o corpo necessite de uma quantidade maior de anticorpos para se proteger. Pessoas recentemente infectadas pelas cepas antigas ainda estão protegidas porque, em geral, apresentam altos níveis de anticorpos.

Essa redução na eficácia das vacinas trouxe à tona novamente a necessidade das estratégias que fazem com que o corpo ataque melhor o vírus uma vez já infectado. Uma dessas estratégias consiste em se ter uma vida saudável.

Sabemos que pessoas que não estão acima do peso, que tem uma dieta balanceada e praticam atividades esportivas tem uma chance muito menor de evoluírem com necessidade de internação independentemente da idade.

Outra questão são as pessoas que, devido às mutações no vírus, não estão em acompanhamento por esses profissionais. Nessa conjuntura, exercícios como caminhadas aceleradas ou corridas a depender do seu condicionamento físico atual, ao ar livre são seguros.

Dentro de casa para manter a saúde ortopédica é sugerido exercícios isométricos para o core. São exercícios fáceis de fazer, há vídeos na internet mostrando como são feitos, e seguros para todos.

As caminhadas e corridas isoladamente não provêm o equilíbrio muscular que o corpo necessita para evitar problemas como dores na coluna ou nos pés.

As mutações tornaram o vírus mais eficiente no contágio sendo capaz inclusive de infectar pessoas com títulos baixos de IGG como algumas pessoas infectadas com quadros leves há mais de 6 meses ou pessoas vacinadas.

Uma vida saudável com dieta e exercícios sabidamente melhora nossa capacidade de ataque ao vírus e agora mais do que nunca se torna necessária porque as novas cepas são sim eliminadas por nosso sistema imune se este estiver competente.

Nossa "quantidade de saúde" está sendo colocada à prova por essa nova cepa, que isso sirva para mudarmos nossos hábitos! 

 

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