Em meio às turbulências da pandemia, o contexto político tem se tornado cada vez mais fervilhante, ante a aproximação do pleito presidencial de 2022.
Com Lula de volta ao tabuleiro, após as decisões do Supremo Tribunal Federal, e Bolsonaro resistindo às pressões de praticamente todos os setores, a polarização entre esses dois núcleos figura como o cenário óbvio.
Rememorando o momento anterior às eleições de 2018, é importante destacar que a escolha por Bolsonaro se deveu em grande parte ao sentimento generalizado de antipetismo que se espraiou com o impeachment de Dilma Rousseff e a Operação Lava Jato.
Por outro lado, apesar de as alianças partidárias nunca terem deixado de ser discutidas e costuradas, tem ocupado cada vez mais espaço a ideia de uma terceira via, que busca romper a dicotomia já sólida entre Lula e Bolsonaro.
Também não percamos de vista a postulação de Ciro Gomes que, polêmico, tem ele próprio como adversário, sendo inegavelmente uma candidatura de estofo por seu histórico e qualificação, além de nato orador.
Como alternativa interessante à polarização que se intensifica, Tasso Jereissati tem sido apontado como um nome capaz de reunir uma frente de centro realmente competitiva.
Governador do Ceará por três vezes e senador por duas, Tasso apresenta experiência e resultados indiscutíveis, além de um passado sem nódoas.
Suas gestões ostentam um elenco de ações de inegável impacto social e econômico, tais como o Açude do Castanhão, o Complexo Portuário do Pecém, o Centro Cultural Dragão do Mar, o Canal da Integração, além de inúmeras rodovias, da política massiva de eletrificação e de ligação à rede de esgoto de milhares de lares.
Dessa forma, apesar de a conjuntura atual indicar uma disputa restrita a Lula e Bolsonaro, não devemos nos render irrefletidamente a tal polarização - independentemente de quem sejam os candidatos.
Ademais, o esvaziamento do estoque de grandes homens públicos que, no fim da década de 80, contribuíram fortemente com a redemocratização, tais como Franco Montouro, Ulysses Guimarães, Pedro Simon e Leonel Brizola, reforça a necessidade de avaliação de um nome com serenidade, experiência e responsabilidade. n