É possível conceituar verdade como a adequação da inteligência à realidade. Nossa mente pode estar mais ou menos ajustada à realidade das coisas. Mas também podemos nos afastar da percepção da realidade e forjar uma outra ideia sobre os fatos por interesses.
De modo que há narrativas sobre fatos que são elaboradas por pessoas que buscam ser fidedignas à realidade - e nem por isso são isentas de erros - assim como há quem tenta induzir uma ideia conveniente, falseando a realidade.
Entende-se desse modo porque a moralidade do sujeito afeta sua narrativa. Por isso, Omar Aziz e Renan Calheiros nem de longe são confiáveis para levar a termo uma investigação na CPI. O histórico e a conduta deles desabilita-os.
Não bastasse isso, à imoralidade deles se associa o desejo de tantos em depreciar o Governo Federal, acima do interesse pela verdade e, por isso, aceitam e aplaudem a humilhação e destrato na CPI a duas mulheres, médicas de invejável gabarito humano e profissional, cujo depoimento não favorece a tese que pretendem impor.
O lamentável apoio e aplauso de tantos a esses atos, inclusive da mídia militante, evidencia que não lhes interessa a verdade, nem a dignidade humana.
Pelo aparente valor de sua causa, legitimam atos inaceitáveis e se julgam autorizados a agredir, humilhar e constranger cidadãs respeitáveis e quem as defende. Cai a máscara de falsos defensores dos direitos humanos e das mulheres e da democracia e se revela a hipocrisia.
Muitos desses não admitem que alguém possa ver a realidade por outro prisma e usam e abusam do discurso de ódio e de práticas odientas com quem não reza sua missa.
Ou seja, para eles só mereceria respeito quem pensa como eles. Assim sempre agiram ditadores e totalitários, fantasiados de democratas.
Esse cenário lembra a situação dos porcos na Revolução dos Bichos de Orwell. Ali, eles, líderes e defensores do socialismo e da igualdade, quando flagrados criando privilégios para si, dizem que "todos são iguais; mas alguns são mais iguais do que os outros".
Porcos e incoerentes, na sua imoralidade conveniente. Assim são tantos que se julgam progressistas, cujas máscaras caem em face da CPI.