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Eduardo Bismarck: Hora de legalizar os jogos de azar no Brasil
Opinião

Eduardo Bismarck: Hora de legalizar os jogos de azar no Brasil

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Há algum tempo já trago o debate dos jogos de azar à tona, com os projetos que buscam autorizar os jogos em resorts integrados, popularmente conhecidos como hotéis-cassino, ou mesmo enquadrar esses espaços como prestadores de serviços turísticos.

Mas, o bem da verdade é que no meio do caminho a conversa se depara com o principal gargalo, uma mistura de moralismo, preconceito e talvez, falta de vontade. O bom é que agora a pauta está de volta ao Congresso e estamos diante de uma oportunidade de ouro para o Brasil, que pode regulamentar, monitorar e arrecadar para a distribuição estatal e municipal.

Muito desse estigma dos jogos de azar está, com certeza, na desinformação de modo geral e todo o estereótipo criado em torno disso pelos mais conservadores, contudo, sabemos dos efeitos benéficos para a sociedade.

Retirando a ilegalidade é possível monitorar e garantir ambientes seguros destinados para este fim, dando um estopim de respiro para a economia com investimentos, geração de emprego e a tributação de impostos, colaborando com os orçamentos públicos.

É básico. Além do mais, os resorts integrados são polos atrativos para os destinos e se enquadram nas demandas de turismo, impulsionando o segmento.

Por outro lado, o famoso discurso de que os jogos são riscos para a saúde e segurança tem seus apoiadores e vem mantendo por todos esses anos a ilegalidade dos espaços.

Correto? Não, mas ultrapassado e incoerente com certeza. Não é a proibição que impede os jogos de azar de existirem. Eles já estão aqui e seguem em todos os lugares, amparados pela clandestinidade.

Uma pena! Pois já poderíamos ter avançado neste setor. Eurico Gaspar proibiu os cassinos em 1946 justificando "a tradição moral jurídica e religiosa do povo brasileiro". Bom, já passou da hora de compreendermos que não faz o menor sentido.

O grupo de trabalho criado pelo Presidente da Câmara, Arthur Lira, do qual sou membro, vai justamente desbravar esse Marco Regulatório dos jogos para aprovação em plenário.

O debate vai ser extenso, há muitos pontos a serem analisados pelos membros e a sociedade de modo geral, por todos os fatores sociais e estruturais envolvidos. Mas, de antemão, reitero o trabalho para seguir com a legalização, pelo bem do desenvolvimento turístico e econômico do país. n

 

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Eduardo Bismarck

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