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A COP 26 e o hidrogênio verde
Opinião

A COP 26 e o hidrogênio verde

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Os maiores líderes mundiais participam, em Glasgow, da Conferência da COP 26, e discutem seriamente as medidas necessárias para evitar a destruição do planeta em consequência do agravamento da crise climática provocada pela emissão de gases como o CO2 e o metano. O objetivo é encontrar soluções que permitam uma transição energética mantendo o desenvolvimento econômico mundial.

Não é fácil resolver, pois requer uma mudança completa, uma revolução para a transformação de toda a indústria de geração de energia, e de transporte, com impactos na fabricação de automóveis, ônibus, caminhões, trens, navios e aviões. Grandes indústrias poluidoras também terão de ser modificadas, como a siderúrgica e as de cimento, plástico e vidro. Essa revolução exige um esforço enorme de todos os países, pois grandes investimentos terão de ser feitos.

O Brasil tem um potencial enorme para a produção de energia renovável, centenas de vezes maior do que o seu consumo próprio. O parque gerador total do Brasil atualmente é de 180 GW. Só o potencial do Ceará para a geração de energia renovável se aproxima dos 800 GW, para um consumo interno de pouco mais de 1,3 GW. Com sobra de potencial e um manancial a ser explorado, podemos gerar energia limpa e exportar para o mundo inteiro.

Neste momento de transição, surge um combustível que ganha a posição de liderança para substituir os combustíveis atuais. É o hidrogênio verde, produzido a partir da eletrólise da água, com o uso de energia elétrica renovável, e que passa a ser um novo veículo de transporte de energia, papel hoje exercido pelos derivados do petróleo. Para a produção do H2V, precisamos de água e de energia renovável.

Pioneiro na energia eólica e solar no Brasil, o Ceará mais uma vez puxa o trem da inovação, criando o Programa de Produção do Hidrogênio Verde. Muito ainda precisa ser feito. Precisamos ultrapassar barreiras para viabilizar esta nova indústria, o que requer resiliência de Governo, empresários e academia para pormos de pé esta nova fonte de riqueza.

Nós, do Lide, que temos ESG como bandeira, aplaudimos e nos colocamos neste barco. Antevejo que, num futuro muito próximo, o Ceará fará parte da solução de transição energética em nível mundial. Então, a frase tantas vezes repetida pelo secretário Maia Jr. estará consolidada: "O Ceará será a Dubai do futuro". n

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