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Thereza Magalhães: Covid-19, momento atual e risco Ômicron
Opinião

Thereza Magalhães: Covid-19, momento atual e risco Ômicron

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Theresa Magalhães, advogada e enfermeira (Foto: DIVULGAÇÃO)
Foto: DIVULGAÇÃO Theresa Magalhães, advogada e enfermeira

Quase dois anos de pandemia e ela continua sendo assunto na sociedade: devemos comemorar Natal, Réveillon e Carnaval? Comemorar sim, mas festejar com aglomeração não. Depois de tanto tempo trancados, afastados e amedrontados, devemos SIM comemorar por estarmos vivos, saudáveis, vacinados e também o aniversário daquele que nos ajudou a chegar até aqui: Jesus!

Isso é motivo suficiente para alimentar nossa certeza e fé de que essa história terá um final, mas ele ainda não chegou. Então, devemos manter uso de máscara, álcool 70º e continuar evitando aglomerações, como o carnaval. Estar vacinado ou testar negativo pra Covid-19 nas últimas 24-48 horas não dá 100% de certeza de não contaminação pelo SARS-CoV-2.

Prudência nunca fez mal e será benéfica nos próximos meses. É verdade que, no nosso Estado, o risco atual de Covid-19 é maior na capital cearense que no interior, pela maior quantidade e aproximação entre as pessoas, mas ainda há risco em todo lugar, em maior ou menor proporção, pois o vírus ainda circula e aprendemos com os países que nos antecedem na curva dessa doença que, mesmo com poucos casos, a onda pode recrudescer, sobretudo com a variante Ômicron.

O risco é maior para os não-vacinados e para aqueles que burlam o uso da máscara. O cenário epidemiológico revela 100% dos cadastrados e 90% da população absoluta do município como vacinados com, pelo menos, uma dose de vacina anti-Covid-19.

Fortaleza é a quarta capital do Nordeste e oitava do país em vacinados com duas doses. Isso é relevante na prevenção de casos da variante Ômicron, já confirmada no país. A grande lacuna é quem falta ser vacinado? Por que ainda não se vacinou? Os não vacinados estão no território municipal/estadual de forma concentrada? As duas primeiras respostas orientam o planejamento de ações de saúde para alcançar esse público e a última resposta elucida o real risco da Ômicron em Fortaleza e no Estado.

Assim, a decisão de iniciar a vacinação da terceira dose naqueles abaixo de 60 anos merece congratulações, assim como a adesão dos escolares à vacinação, que deveria inspirar os demais a ajudar a vencer esse jogo. Desse modo, o desafio repousa na adoção efetiva de medidas de mapeamento e inclusão dos ainda não cadastrados/vacinados. E que venha um 2022 mais tranquilo! n

 

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