Ah, que bom seria nova Beira-Mar de Fortaleza se você estivesse sendo utilizada de forma equilibrada para beneficiar e proporcionar mais bem-estar tanto aos permissionários como aos fortalezenses e turistas que frequentam a área.
O espaço que deveria abrigar de maneira harmônica frequentadores e comerciantes, está desordenado. Basta uma caminhada atenta ao longo da orla para perceber claramente o abuso por parte de comerciantes e camelôs.
Citamos o que foi observado: comerciantes das novas barracas/quiosques avançando com suas mesas e jarros de plantas, faixas de praia, calçadas e faixas de piso tátil para guiar deficientes visuais. Parece não haver limite de espaço e de quantidade de mesas. Cada um avança o que pode; vendedores de coco agrupando até quatro freezers, plantando suas árvores, colocando seu piso e jarros de plantas para se apropriar de um espaço que não deveria. Nesse caso, percebe-se também não haver limite de espaço; fast foods fixando seus trailers nas calçadas, espaço destinado à passagem dos frequentadores; camelôs se estabelecendo nas calçadas, também destinado à passagem dos frequentadores.
É bom lembrarmos o que ocorreu no passado com a praia defronte ao Clube Náutico. Começou assim, devagarinho os comerciantes foram delimitando seus espaços e ao final a praia foi totalmente tomada. Finalmente hoje foram retirados e a praia devolvida à população. Aproveitem a história e não deixem que isso se repita.
Um bom exemplo, na cidade de Nova York, foi a adoção da teoria das janelas quebradas, que em resumo conclui que pequenas desordens evoluem para crimes de cada vez maior escala, apontando a sensação de impunidade como latente fomento à atividade criminosa.
É preciso estabelecer limites aceitáveis e melhorar a organização e a fiscalização dos comércios da Beira-Mar de Fortaleza. Em certos horários a impressão é que há mais comerciantes do que frequentadores. Cuidem enquanto é cedo.