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Danilo Serpa: Pecém, 20 anos de compromisso
Opinião

Danilo Serpa: Pecém, 20 anos de compromisso

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Danilo Serpa, presidente da Companhia Porto do Pecém		 (Foto: DIVULGAÇÃO)
Foto: DIVULGAÇÃO Danilo Serpa, presidente da Companhia Porto do Pecém

O que leva um projeto a ser bem sucedido? São muitas as possibilidades. Mas se eu puder definir com apenas uma única palavra, usaria "compromisso". Do latim compromittere, que se traduz em acordo, em promessa mútua. Ou seja, é compromisso o que temos desde quando o Porto do Pecém começou a ser desenhado na década de 90. Foram anos de muito trabalho até que o nosso terminal fosse inaugurado em 28 de março de 2002.

Naquela época, muitos nutriam uma certa desconfiança com o Pecém. Acreditavam que no Ceará não havia mercado para dois terminais portuários. Mas o tempo foi generoso. 20 anos passaram e atingimos a histórica marca de duas décadas de operação contínua, ininterrupta. Mais que isso. Hoje, respondemos por 82% da movimentação de cargas no setor portuário do Ceará.

Foi o compromisso assumido por uma geração de profissionais que tornou esse equipamento tão importante para a economia cearense. E, sim, o desenvolvimento do Pecém passa também pelos ex-governadores e pelo governador Camilo Santana, pois sempre entenderam o porto como um equipamento de política pública para o Estado.

O Pecém cresceu e despertou o Porto de Roterdã, um dos maiores do mundo. Em dezembro de 2018, os holandeses passaram a ser nossos sócios e deixamos de ser apenas um porto para nos transformar, efetivamente, em um complexo industrial e portuário: o Complexo do Pecém.

E é inegável que o Porto do Pecém é a locomotiva desse Complexo, pois movimentamos um expressivo volume de cargas graças também a uma operação integrada com a ZPE Ceará e às nossas áreas industriais. É essa sinergia que nos torna competitivos.

Estamos na esquina do Atlântico e nossa localização estratégica faz com que sejamos um dos portos mais conectados do Brasil. Com os píeres do Pecém estamos implantando um HUB de Hidrogênio Verde.

E assim trabalhamos para que o Pecém seja, até 2030, o principal portão de entrada/saída de cargas do norte e nordeste do Brasil. O desafio é árduo, mas seguimos navegando. Fechamos 2021 com a movimentação recorde de 22.400,202 toneladas, ou seja, superamos um dos nossos maiores concorrentes e assumimos o 2º lugar entre os portos multicargas do nordeste.

A história segue sendo contada. E o meu desejo é que nunca falte ao Pecém tudo aquilo que nos trouxe até aqui. Esse é o meu compromisso. n

 

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