O universal coincide com o pluriversal e por isto qualquer sistema midiático deve conter o pluriverso das ideias e dos conceitos. A Rádio Universitária da UFC é um veículo de transmissão do pensamento plural coincidente com o de Universidade. A palavra censura remete a tudo o que uma Universidade e seus veículos de informação não podem tolerar.
A Rádio Universitária, que desde 1981 transformou-se num espaço/símbolo da verdadeira liberdade de expressão, está agora sendo ameaçada exatamente naquilo que tem de mais precioso, a liberdade de pensamento. É verdade que no Brasil, cujos governantes flertam com o autoritarismo, tornou-se moda confundir o debate democrático com o crime de injuriar e caluniar em nome da liberdade de expressão.
A Rádio Universitária, desde os seus fundadores mais ilustres até dirigentes do porte de Agostinho Gosson e Raimundo Nonato Lima, não enveredaram pelo caminho dos que adotam a falsa consciência como bandeira. A publicação da produção do pensamento gerado na Universidade tem sua extensão cultural neste veículo que simboliza na sua trajetória a captação do saber universal.
A literatura, a matemática, a física, as línguas numa inclusividade que abrange a língua de sinais universalmente aceita como a linguagem da diferença. Tudo isso não foi conquistado pela consciência petrificada de autocratas autoritários, mas pelo trabalho democrático dos que compreendem o pensar como fundado no conhecimento que tem raízes nos sentimentos afetuosos de toda uma congregação.
O pensar crítico é a forma superior do processo do pensamento que resulta na linguagem. A comunicação une os homens na polis e sua expressão maior é a Política. Sinto-me partícipe da Política que tornou a Rádio Universitária uma grandeza que os democratas devem defender contra o obscurantismo que desconhece a linguagem do argumento e tenta impor pela brutalidade suas premissas. Todos em defesa da Rádio Universitária.
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