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Rodrigo Stefe: Bitcoin, a nova economia digital?
Opinião

Rodrigo Stefe: Bitcoin, a nova economia digital?

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Tipo Notícia Por
Pedro Henrique Chaves Antero, ex-professor de Ciências Políticas (Foto: Acervo pessoal)
Foto: Acervo pessoal Pedro Henrique Chaves Antero, ex-professor de Ciências Políticas

A economia e a moeda se transformaram ao longo dos anos e os meios de troca surgiram para facilitar que as transações fossem realizadas. Do escambo, adotou-se as mercadorias-moeda: as metálicas, as moedas-papel, a moeda fiduciária, a moeda escritural ou bancária e, hoje, as criptomoedas.

A economia se vale fortemente dos meios eletrônicos para a realização de diversas transações, sejam produtos, serviços ou movimentações financeiras nacionais ou internacionais. Para o seu funcionamento temos normas, leis, e em contrapartida, burocracia e demora nas operações.

As criptomoedas, bem como o Bitcoin, surgem como forma disruptiva da sistemática de controle centralizado sendo estas puramente virtuais, sem qualquer tipo de garantia legal ou institucional, mas permitem agilidade nas transações.

O bitcoin possui códigos complexos que não podem ser alterados, com transações protegidas por criptografia como medida de segurança. Todas estas são registradas e validadas por grupos de pessoas, usando computadores para gravá-las no chamado blockchain. Os registros destas transações ocorrem nos chamados mineradores e comparativamente à extração de ouro, em que existe uma quantidade limitada, provocando variações de preço associadas aos conceitos de demanda e oferta.

Incertezas cercam as criptomoedas, como a falta de regulamentação, pois sem garantias legais os riscos aumentam, além da possibilidade de serem utilizadas de forma ilícita para lavagem de dinheiro, entre outras transações ilegais. Sem garantias, elas se tornam voláteis, exigindo estudos, cautela e prudência. Alguns países pleiteiam adotar medidas de controle e de cobrança de impostos sobre ganhos ou transações.

Novos negócios, oportunidade de ganhar dinheiro, de transações, de interação humana, entre outras promessas, surgem com o chamado Metaverso, um universo virtual que "espelha" o real, podendo surgir uma nova economia digital.

O Bitcoin, bem como outras criptomoedas, ganhará mais espaço em ambientes cada vez mais virtualizados que exigirão novas formas de entender a economia e o mundo que se desenha para o futuro. n

 

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