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Karima Ben Abdelmalek: Metaverso e o futuro da paquera
Opinião

Karima Ben Abdelmalek: Metaverso e o futuro da paquera

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Já pensou ter um date em um café digital? No metaverso, pode ser possível. Não é apenas sobre a questão da realidade virtual, mas a possibilidade de um novo universo que permite criar novas identidades, interações e um novo modo de vida.

Mas como é possível trazer este novo ambiente para os relacionamentos? Recentemente, analisamos solteiros de três países (Brasil, França e Índia) que vivem culturas e se relacionam de formas distintas, sobre o que pensam sobre o futuro do namoro e quais suas expectativas e necessidades neste novo espaço.

A maioria dos franceses (55%) e brasileiros (65%) declararam que não querem que sua experiência de namoro se torne mais virtual. Para eles, os encontros na vida real são mais efetivos. Por outro lado, os indianos estão mais abertos à virtualidade (48%).

Estamos diante de dois tipos de solteiros: a maioria não está pronta para uma experiência imersiva, mas outra parcela seria a de "pioneiros" de qualquer experiência mais tecnológica que pudesse surgir.

Quando falamos em metaverso, uma das primeiras tecnologias que vêm à nossa mente é o avatar, o que se opõe ao que os grandes apps de paquera defendem: que as pessoas mostrem seu "eu" autêntico. Mas será que isso é o que eles querem?

Os resultados da França e Brasil são semelhantes novamente: a maioria não quer criar um avatar para paquerar (65% e 67%, respectivamente). Na Índia, no entanto, a maioria (47%) criaria um avatar para sua experiência online. E a questão cultural aqui pode ser um ponto importante: as mulheres, em especial, se sentem mais protegidas sem usar suas fotos em apps, ou seja, esta tecnologia pode ser um meio de segurança, permitindo que os solteiros primeiro confiem um no outro antes de mostrar seu rosto.

Assim, hoje devemos nos perguntar qual caminho seguir, afinal, esta é uma tecnologia que faz o mundo inteiro evoluir. Em contrapartida, há uma desconfiança dos solteiros que buscam a vida real em seus encontros. Se por um lado os apps têm que lutar pela experiência da 'vida real', por outro, eles têm que ser aliados desta tecnologia para fins de segurança.

 

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Karima Ben Abdelmalek

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