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Domenico Ceglia: A insustentabilidade das estradas
Opinião

Domenico Ceglia: A insustentabilidade das estradas

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Domenico Ceglia, professor doutor da UFCA (Foto: Arquivo Pessoal)
Foto: Arquivo Pessoal Domenico Ceglia, professor doutor da UFCA

Alguém já fiz a conta de quanto custa andar pelas estradas? Alguém já calculou a própria vida quando dirige um carro? Alguém já se perguntou se existe uma responsabilidade? Isso é sustentável para nós? Bom, vamos aqui refletir um pouco sobre essa insustentabilidade das estradas.

No dia 29 de maio, eu viajei de Juazeiro do Norte para Fortaleza, os meus colegas me informaram que as estradas aqui no interior não eram das melhores condições. Enfim, a minha viagem começa bem cedo e de repente encontro alguns buracos saindo de Juazeiro do Norte, embora a estrada parecesse bem asfaltadas, de vez em quando aparecia um buraco profundo que dava para enxergar a terra de baixo da parte asfaltada no meio da pista. Eu bastante assustado, mas confiante que era o último que tivesse encontrado, continuo confiante que nunca mais iria encontrar de novo. No entanto a saga dos buracos continuou até Icó.

Como? Até Icó? Não era uma viagem para Fortaleza? Sim, o destino era para Fortaleza pela BR-116. Ok! Vocês já experimentaram a dor de barriga quando o seu carro cai dentro um buraco? Ok, essa dor de barriga nunca passou até chegar em Fortaleza. Uma sensação terrível. Eu precisei andar no máximo 60 km/hora onde a estrada "aparentemente" permitia de andar em uma velocidade maior ao longo de um trajeto de 550 km cerca.

Vocês já imaginaram uma situação de quebra de carro em uma estrada sem nenhum tipo de sinal de telecomunicação? Quando passei para a cidade de Icó, a situação foi assustadora, os buracos se transformaram em crateras, pois vários buracos juntamente pertos formam uma cratera. Vocês imaginam quando seu carro entra em uma cratera a 60 km/h?

Não estou apontando o dedo para ninguém, estou somente colocando uma questão já notória para todos nós, vamos dialogar com quem temos (talvez) que dialogar, vamos fazer a nossa parte como cidadão. O problema é nosso e de ninguém outro, todos somos responsáveis nesse ponto, o nosso silêncio nos torna também responsáveis diante dessa situação. Tenho plena consciência que todos farão a parte deles para melhorar as estradas. Bom trabalho para todos! Abraços. n

 

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