No mundo atual, em que a indústria já utiliza a inteligência artificial e robótica, os profissionais precisam ser ágeis e flexíveis para lidar com incertezas e rápidas transformações. Essa realidade implica uma reorientação da educação infantil até o ensino superior, com treinamentos e reciclagem de professores, objetivando redesenhar sistemas educacionais e currículos. Em vez de memorizar fatos e números, deve-se "aprender a aprender" e resolver problemas. É preciso, ainda, quebrar as barreiras entre a educação e o mundo real, mas não basta trazer profissionais para ministrar aulas - os estudantes devem trabalhar em projetos para organizações reais desde o início dos cursos.
Esse tipo de ensino requer conciliar as realidades da Academia e da empresa, com suas diferentes organizações, culturas e modos de gerenciar a tecnologia. Tal colaboração pode ser mutuamente benéfica, incentivando a transferência e o compartilhamento de conhecimento, criando parcerias de longo prazo e se tornando uma fonte poderosa de vantagem competitiva.
Torna-se uma necessidade a convergência de propósitos, uma visão comum dos objetivos e metas, a gestão compartilhada dos projetos e mesmo uma previsão de receitas, que devem resultar em benefícios para os participantes, organizações envolvidas e sociedade. Esse processo se desenvolve em duas fases: seleção de parceiros e gestão da parceria.
Inicialmente, os pontos fortes da instituição de ensino e as competências da empresa devem ser identificados para detectar oportunidades de colaboração. É necessário selecionar, dentre os diferentes tipos de parcerias, o que melhor convém para ambas as partes. A importância do líder do projeto e da comunicação eficaz deve ser enfatizada para equilibrar continuamente as ambições e expectativas.
As instituições devem criar oportunidades para que acadêmicos, pesquisadores e executivos das empresas com interesses comuns se encontrem e desenvolvam um diálogo. São esses os laços que permitem colaborações criativas e promissoras.