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Joselito Silveira: Logística reversa na economia circular
Opinião

Joselito Silveira: Logística reversa na economia circular

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Joselito Silveira, diretor de Política Pública da Agência Municipal do Meio Ambiente de Sobral (AMA) e palestrante do Circuito Fenacce (Foto: Divulgação)
Foto: Divulgação Joselito Silveira, diretor de Política Pública da Agência Municipal do Meio Ambiente de Sobral (AMA) e palestrante do Circuito Fenacce

Apesar de alguns avanços, o modelo básico de produção de bens de consumo no mundo atual é o linear, ou seja: a matéria-prima é extraída da natureza para a fabricação de produtos com vida útil limitada, tendo o descarte como o "fim da linha", literalmente.

Em relação aos avanços, destaco o Sistema de Logística Reversa como um meio viável de transição do atual modelo de produção linear para o que permita formas de produzir e consumir incorporadas ao conceito de Economia Circular, debatidos na Fenacce. Nesse caso, o foco é evitar a extração de matéria-prima de fontes naturais e reduzir a zero a geração de resíduos.

Definida por meio da Política Nacional de Resíduos Sólidos como um "instrumento de desenvolvimento econômico e social, caracterizado por um conjunto de ações destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento ou outra destinação ambientalmente adequada", a logística reversa se apresenta como a 1ª curva para formação da estratégia circular de produção e consumo.

Relatórios do Fórum Econômico Mundial estimam que a transição de um sistema econômico linear para a Economia Circular, injetaria um trilhão de dólares na economia mundial até 2025. Também promoveria a criação de 100.000 empregos e evitaria a geração de 100 milhões de toneladas de resíduos.

Esse movimento não linear permite a compreensão de como a logística reversa, ao inverter a direção do fluxo de produção por ato do consumidor que impulsiona o produto de volta à indústria, está sendo considerado um passo largo no sistema econômico de movimento circular, mas ainda há muitos passos para que as indústrias se posicionem nessa direção.

O Brasil, ao institucionalizar o Sistema de Logística Reversa ao gerenciamento dos resíduos sólidos de grandes empresas por meio da PRNS, é forte candidato a fazer essa transição com tranquilidade. O primeiro passo rumo à Economia Circular está firmado por indústrias ligadas à produção e distribuição de pneus, pilhas, eletrônicos e por um número crescente de empresas interessadas em implantar a logística reversa.

 

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