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Antonio Jorge Pereira Júnior: Vulneráveis, marginalizados e excluídos
Opinião

Antonio Jorge Pereira Júnior: Vulneráveis, marginalizados e excluídos

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Antonio Jorge Pereira Júnior, doutor e mestre em Direito - USP, professor do Programa de Mestrado e Doutorado em Direito da Unifor (Foto: Divulgação)
Foto: Divulgação Antonio Jorge Pereira Júnior, doutor e mestre em Direito - USP, professor do Programa de Mestrado e Doutorado em Direito da Unifor

De 15 a 27 de agosto acontece em Fortaleza o VIII Curso Brasileiro Interdisciplinar em Direitos Humanos, coordenado pelo Prof. César Barros Leal. Faço parte do corpo docente desse curso desde 2013 e sou testemunha dos bons resultados.

O curso de 2022 é promovido pelo Instituto Brasileiro de Direitos Humanos, pelo Instituto Interamericano de Direitos Humanos e pelo Centro Universitário Farias Brito. Cada edição é dedicada a um tema central. Em 2022 se elegeu a proteção dos vulneráveis, marginalizados e excluídos. Há 50 professores, 40 do Brasil e 10 estrangeiros.

Faz-se especial memória a Antônio Augusto Cançado Trindade, morto em 29 de maio, aos 74. Trindade foi juiz, presidiu a Corte Interamericana de Direitos Humanos e integrou o Tribunal Internacional de Justiça, em Haia. Foi Professor no Itamaraty e na UNB. Estava agendada sua participação em 2022, mas o destino não a permitiu.

Os discentes vêm de variados estados da Federação. São pesquisadores, integrantes de órgão estatais e ONGs comprometidos com o aperfeiçoamento e implementação dos direitos humanos.

Dentre as dinâmicas educacionais aplicadas, duas atividades posicionam os cursantes como protagonistas na produção do conhecimento: as Oficinas Temáticas, na 1ª semana, e as Oficinas de Estudo de Casos, na 2ª.

Na 1ª semana, os inscritos se dividem em Oficinas Temáticas nas quais, ao fim da tarde, dedicam 90 minutos para avaliar políticas públicas locais voltadas ao tema central do curso, nos níveis federal, estadual e municipal, de modo a propor melhorias. Na semana seguinte estudarão casos paradigmáticos da Corte Interamericana de Direitos Humanos.

Além de professor, no curso exerço ainda a função de facilitador do Grupo Temático dedicado às políticas federais. Pela experiência dos que escolheram tal Grupo, definiu-se que seriam avaliadas políticas relativas a encarcerados, crianças e indígenas. A metodologia adotada permite que todos assumam tarefas e compartilhem conhecimento e experiência nos temas.

Por essas e outras atividades é possível constatar como o Curso aporta valiosa contribuição para a capacitação, cultura e implementação dos Direitos Humanos.

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