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Isabel Mota: O papel da juventude nas eleições de 2022
Opinião

Isabel Mota: O papel da juventude nas eleições de 2022

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No ano de 2022, evidenciamos uma campanha intensa da Justiça Eleitoral brasileira visando estimular jovens a se inserir no corpo do eleitorado através do alistamento eleitoral.

O alistamento implica procedimento administrativo envolvendo atos de qualificação e inscrição. A qualificação é a prova de que o cidadão satisfaz as exigências legais para exercer o direito de voto, e a inscrição permite obter o título de eleitor, passando a integrar o Cadastro Nacional de Eleitores da Justiça Eleitoral.

A iniciativa do TSE foi tão exitosa que gerou um crescimento equivalente a 47,2% na faixa do eleitorado de 16 e 17 anos em relação a 2020, feito este amplamente celebrado no âmbito do Tribunal Superior Eleitoral.

Veja-se que desde 2010 eram registradas sucessivas quedas no interesse dos adolescentes pelo voto e foi para reverter esse quadro que o TSE investiu de modo pesado e massivo utilizando linguagem mais aberta, dinâmica e direta capaz de alcançar essa população e motivá-la a proceder o seu alistamento.

Conquanto a sociedade brasileira seja diversa e plural, expressar tal realidade na representação política é um desafio contemporâneo, daí a importância em buscar essa inclusão da juventude para que ela participe efetivamente do processo de tomada de decisão política.

Os jovens ainda se constituem na parcela da população que mais vivencia os problemas do acesso à educação, ao emprego e de políticas garantidoras de uma economia sustentável, contudo são também o grupo social mais propício à consecução das mudanças necessárias e hábeis a solucionar essas demandas.

Assim, constata-se o papel relevante que a juventude terá no próximo pleito, principalmente pela sua capacidade de rápida mobilização, inclusive com o uso da tecnologia.

Cabe registrar que não será a mera inclusão do jovem no corpo do eleitorado que garantirá a melhoria da democracia, mas é fundamental o engajamento para que exercite desde já cidadania e busque a construção de uma sociedade representativa e que espelhe os anseios da população brasileira tão carente de perspectivas. Essa é a aposta, a conferir em breve. n

 

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Isabel Mota

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