Pesquisa realizada pela plataforma YouGov e divulgada pelo portal "Daily Mail", no mês de junho de 2022, Elizabeth II era o membro da realeza mais querido da Inglaterra; a mesma pesquisa apontou que, nove em dez britânicos, avaliavam positivamente a rainha. Quais as bases dessa popularidade?
Elizabeth foi preparada para ser rainha. Recebeu educação esmerada, os seus tutores a ensinaram até como e por onde deveria ler os resumos dos jornais que chegavam ao seu gabinete de trabalho. Seguir protocolos, comporta-se com rigor em cerimônias, ter postura sóbria, falas comedidas, explicam, em grande medida, o seu êxito em ampliar o capital simbólico da Monarquia.
Não é correta a afirmação que "Rainha da Inglaterra não manda em nada". Do ponto de vista político, trata-se da chefe do Estado; passaram pelo o seu crivo 15 primeiros-ministros, entre eles, Sir Winston Churchill. Além de ter se reunido com líderes mundiais, tais como: Nelson Mandela, Barack Obama e Mikhail Gorbachev. A rainha visitou uma centena de países, inclusive o Brasil, em fins dos anos 1960.
Ela soube interagir com a força dos veículos de comunicação, em diferentes fases do seu reinado. Primeiro, o crescente poder da televisão sobre os jornais e o rádio; a sua coroação foi transmitida ao vivo, foram usuais os pronunciamentos e as mensagens natalinas. Compreendeu a força da internet e das redes sociais digitais. Interagiu com artistas da cultura pop. Além das produções cinematográficas e séries das plataformas de streaming.
Deve-se considerar que nos últimos 70 anos, a Monarquia não trouxe apenas prestígio político para o Reino Unido. A sua influência na economia é relevante. Os turistas pagam altos valores para conhecer os palácios, museus e símbolos da Monarquia, comprar souvenirs, etc. Elizabeth, com o seu glamour, emprestou prestígio às marcas, aos produtos e serviços do Reino Unido. As virtudes pessoais, a formação meticulosa, a compreensão do poder da mídia e a transformação da Monarquia em business ajudam a explicar o êxito do reinado da Rainha Elizabeth II.
