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Gláucio Gomes: Democracia no dia a dia
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Gláucio Gomes: Democracia no dia a dia

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Gláucio Gomes, diretor da Adel (Foto: DIVULGAÇÃO)
Foto: DIVULGAÇÃO Gláucio Gomes, diretor da Adel

Democracia é uma coisa complexa e delicada. Aprendemos com a história o quanto pode ser facilmente quebrada. Exige cuidado e atenção todos os dias. É preciso que as pessoas participem, se engajem e dialoguem entre si. Exige esforços de cidadãos que valorizem e exerçam seus direitos, mas que também reconheçam e pratiquem suas responsabilidades sociais. Democracias são frágeis e não são simples de manter.

As democracias se fortalecem na medida em que os cidadãos se desenvolvem. Há muita clareza sobre a relação entre desenvolvimento humano e democracias sustentáveis. E um dos maiores fatores para o desenvolvimento das pessoas é a educação. Em especial, a educação para a cidadania.

Educação para cidadania democrática deve ser uma parte relevante da educação básica. Já é um tema transversal e está presente na Base Nacional Curricular Comum (BNCC).Mas é preciso ir além. Democracia precisa florescer e ser praticada no cotidiano: nos bairros, no futebol de sábado, no transporte público, nas reuniões de condomínio etc. É assim que as pessoas se apropriam da democracia como cultura popular.

As pessoas precisam entender que democracia não é sobre escolher líderes formais em eleições de tempos e tempos. Mas que democracia é sobre cultivar o diálogo e a construção de consensos. É sobre buscar a convergência onde apenas há divergência. Isso é trabalhoso, mas muito recompensador.

É nesse ponto que a sociedade passa a assumir um papel estratégico para o fortalecimento da democracia. O papel de disseminar saberes e ferramentas que possam ser facilmente adotadas no dia a dia. Que onde haja uma política pautada pela força, passe a haver novas formas de exercer e compartilhar o poder. De envolver as pessoas em decisões de interesse coletivo e que sejam tomadas de forma democrática.

Organizações da sociedade civil têm trabalhado nesse sentido há décadas no Brasil. E, agora mais do que nunca, precisam reforçar sua atuação e apoiadas por quem compartilha da ideia de que o único caminho possível para solucionar os desafios e crises da democracia brasileira, é com ainda mais democracia. n

 

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