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Rodrigo Marinho: Ciro já é o maior derrotado da eleição?
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Rodrigo Marinho: Ciro já é o maior derrotado da eleição?

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Rodrigo Saraiva Marinho, advogado (Foto: Acervo pessoal)
Foto: Acervo pessoal Rodrigo Saraiva Marinho, advogado

Em 2018, Ciro Gomes obteve a maioria dos votos dos cearenses, tendo tido mais de 40% de votos no estado, seguido por Fernando Haddd com 33% e Jair Bolsonaro com cerca de 21%, esses dois últimos foram ao segundo turno do pleito presidencial.

Além disso, o grupo dos Ferreira Gomes conseguiu eleger o ex-subordinado, Camilo Santana, além de eleger o seu irmão Cid Gomes, evitou a reeleição do Eunício Oliveira, elegeu uma grande bancada tanto na esfera federal como na esfera estadual.

Em 2022, o cenário está bem diferente, Ciro Gomes quebrou uma aliança, de quase 20 anos, que tinha com o Diretório Estadual do PT que queria Izolda Cela, atual governadora, como candidata ao governo e Ciro, como sempre fez, entendia que a escolha cabia a ele, como fez com Roberto Cláudio, Camilo Santana e José Sarto.

Dessa vez, o PT não gostou, Izolda é casada com um membro histórico do partido e queriam que ela fosse a candidata ao governo, Ciro Gomes não concordou e impôs o nome de Roberto Cláudio, que sempre foi muito mal de voto, vide as eleições para prefeito em 2012 com o Elmano (PT), que era um desconhecido indicado pela Luiziane (PT), em que ele quase é derrotado. Depois, em 2016, com Capitão Wagner, em que se houvesse mais duas semanas de campanha ele teria perdido a eleição.

Com essas discordância, Camilo Santana viu uma oportunidade de se desvincular do Ciro Gomes e quebrar a aliança com seu criador, dividindo fortemente a esquerda no Ceará e, com isso, a eleição federal foi trazida para o estado. Elmano, com o apoio de Lula, cresce nas pesquisas e o Capitão Wagner, apoiado por Bolsonaro, segue para o enfrentamento no 2º turno.

Ciro tem tudo para ser o principal derrotado, se já não for, além da cisão familiar com parte apoiando Izolda/Camilo e outra parte apoiando Roberto Cláudio, os Ferreira Gomes devem perder muita força política, seja no Ceará, seja em Brasília, já que é provável que o número de parlamentares do Bolsonaro, como de Lula, cresçam aqui no Ceará, mas tudo isso somente poderá ser confirmado nas eleições do próximo domingo. n

 

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