Democracia sem povo e exército sem inimigos podem bem traduzir o drama político que vive a sociedade brasileira, neste momento. As pessoas não podem falar. O presidente do TSE, mandatário sem voto, determina o que pode ser dito e aquilo que ameaça a "democracia " deles. Além disso, determinou quem será o próximo presidente da República. As eleições foram apenas um teatro armado para enganar os de dentro e iludir os de fora, como se a democracia no Brasil estivesse sendo plenamente exercida.
Aliás, a escolha do próximo presidente da República, pelo STF, aconteceu há dois anos, quando a corte, através de um dos seus membros, resolveu liberar Lula da cadeia e restabelecer seus direitos políticos. E tudo isso foi feito à margem das leis, sem a mínima preocupação ética e sem o respeito ao povo brasileiro.
Esses fatos aconteceram e continuam acontecendo sem que as Forças Armadas esbocem uma reação competente e constitucional aos desmandos da Suprema Corte. Assim, o comunismo, acompanhado de sua proverbial ditadura, se instala pouco a pouco no país, como já fizera em países vizinhos na América latina.
As Forças Armadas existem para a defesa da pátria, de suas instituições e do regime político de liberdade. Isso está claro na nossa carta magna. Entretanto, por motivos que ainda ignoramos, as três forças não atendem aos gritos do povo, sufocado pelas restrições que já ocorrem e pela ditadura que se avizinha. Esse mesmo povo que sempre apoiou o Exército de Caxias sente-se agora traído em momento de aflição, enquanto que esquerdistas, tradicionais inimigos dos militares, encontram-se em posição confortável para impor a sua ideologia perversa e desumana.
O Exército, embora constituído de grandes líderes e patriotas, tem necessidade hoje de um Olímpio Mourão Filho, apelidado, por Carlos Lacerda, de um "precipitado". Na verdade, o Brasil espera por alguém que tenha a liderança e a coragem de dizer um "basta" a tudo o que vem sendo feito pelo STF e TSE à margem da constituição. Não podemos chamar de legalismo a omissão de salvar o Brasil do terror em que já se encontram mergulhados nossos vizinhos.
A fraudulenta vitória de Lula nas urnas e as criminosas medidas do TSE constituem uma tragédia moral para um povo. A população honrada que não aceita a volta de um presidiário à cena do crime manter-se-á em constante vigília, na espera de que nossas instituições de defesa tenham a consciência plena do momento grave pelo qual passamos.
José Américo de Almeida, ex- ministro no governo de Getúlio Vargas e es-governador da Paraiba, perguntado, certa vez, acerca da intervenção militar em 1964, respondeu: "se não resolveu tudo, evitou o pior". n