A Arquitetura molda a cidade que vivemos e o profissional da arquitetura é parte fundamental desse processo. Em outubro deste ano, a capa da Forbes Brasil, com Ana Fontes, fundadora da Rede Mulher Empreendedora, trouxe o tema da diversidade, equidade e inclusão. Rachel Maia, líder influente no Brasil, atualmente também se dedica aos temas da diversidade e inclusão em empresas e no mercado de luxo.
Experiências comprovam que organizações com lideranças diversas têm mais chances de atingirem eficiência e rentabilidade e, portanto, mais probabilidade de desenvolverem produtos inovadores e adequados ao mercado.
Neste dia do arquiteto, nada mais contemporâneo e justo que avançarmos na pauta da diversidade na profissão da arquitetura e da produção imobiliária. A clientela é plural, mesmo em segmentos diferentes do mercado imobiliário, há uma imensa diversidade do usuário da edificação, portanto, é necessário que as organizações tenham profissionais com vivências e formas diversas de se colocar no mundo, para que possamos desenvolver produtos que reflitam a demanda do cliente,ou seja, equipes e lideranças com diferenças de idade, gênero, etnia, regionalidade, contexto social, enfim, plurais. Conceitos novos são gerados por pontos de vistas diferentes.
Conforme o Instituto Mulheres do Imobiliário, 21,1% das mulheres relataram que compraram seu imóvel sem nenhuma influência do parceiro; já para homens, apenas 12,4%. Contudo, produtos imobiliários ainda são originados sem a participação de arquitetas na mesa de decisão.
A diversidade e a inclusão vai além da importância social da causa, será - ou já é - regra para a sobrevivência dos negócios e da boa arquitetura. Além da estética, há uma demanda por arquitetura com alma, adequada à cidade e à sociedade plural na qual estão inseridas. Uma arquitetura que abraça uma praça e melhora a caminhabilidade do entorno, agrega um valor que à princípio não aparece nos números de viabilidade, mas nas vendas.
Mesmo com avanços nos últimos tempos de ações afirmativas em entidades públicas e privadas, que não devem ser ignoradas, ainda temos grandes desafios. O Brasil é terra fértil para plantarmos a diversidade, portanto, acredito no futuro de uma arquitetura com lideranças e equipes cada vez mais plurais e inclusivas.