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A Santa Casa no caminho das mudanças
Opinião

A Santa Casa no caminho das mudanças

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Vladimir Spinelli Chagas, professor da Uece e membro da Academia Cearense de Administração (Acad) (Foto: Divulgação)
Foto: Divulgação Vladimir Spinelli Chagas, professor da Uece e membro da Academia Cearense de Administração (Acad)

A Santa Casa completa seus 162 anos de ininterruptos serviços prestados aos mais necessitados. Nesse espaço de tempo evoluiu, modernizou serviços e equipamentos, alcançou outras especialidades e continuou com o pioneirismo que marcou sua fundação.

Mas as organizações, com o passar dos tempos, precisam se rediscutir, avaliar o passado e o presente e se preparar para o futuro, adaptando-se às mudanças surgidas e prováveis, para continuarem vivas e saudáveis.

Com esse espírito, o Provedor Luiz Marques, ao fim de mais um período de gestão tomou a iniciativa de promover essa discussão e preparar a Santinha, como é conhecida carinhosamente, para uma nova etapa.

Por óbvio que não se pensa em fugir do rico passado que a acompanha, ou de reduzir sua vocação de benfeitora, contudo de estancar os problemas que a afligem cada vez mais, por ter 95% dos seus atendimentos vinculados ao SUS, com certeza o maior índice em hospitais de qualquer natureza.

O SUS, inegavelmente, é um sistema respeitado e que merece todo o reconhecimento pela ampliação que deu ao atendimento àqueles mais carentes, permitindo-lhes aceder a atendimentos, cirurgias e outros procedimentos até então difíceis.

Mas o SUS, por suas dimensões, termina por gerar situações que vão impactar nas prestadoras de serviços, haja vista a defasagem da sua tabela de atendimentos, hoje incapaz de cobrir, por exemplo, consultas e procedimentos de pequena ou média complexidade. Além disso, os recursos são transferidos dentro de uma rede, o que termina por implicar em atrasos no seu recebimento.

São apenas dois exemplos mais flagrantes, nos quais já se debruçam os membros das comissões criadas para promover um levantamento de situação para alicerçar o planejamento adequado para o futuro, com ênfase na comunicação com a sociedade, uma mais forte interrelação com instituições de ensino e classes produtoras e, mais ainda, com os poderes públicos, em busca de caminhos que assegurem sua estabilidade.

O resultado será, não resta dúvidas, de enorme importância para aqueles que têm na Santinha a porta aberta para um atendimento humano e de qualidade. n

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