Assumi a Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa) com o desafio de garantir o acesso à Saúde para a população cearense, buscando realizar o sonho de ver um Estado onde as pessoas não precisem se deslocar até os grandes centros urbanos para receber a assistência adequada, desde a educação preventiva (atenção primária) até o atendimento na rede hospitalar (alta complexidade).
Para a garantia desse acesso, é necessário o planejamento do processo de regionalização, sendo este o foco maior da minha gestão. Regionalizar é a divisão do Estado em espaços geográficos com a finalidade de integrar a organização, o planejamento e a execução de ações e serviços de saúde.
O SUS é um sistema complexo que precisa estar constantemente planejando a disponibilidade dos recursos necessários para atender, com qualidade e eficiência, as necessidades de saúde da população e por isso vem em transformação. O real alcance do SUS transborda a relação médico-paciente. O SUS está no cotidiano de todas as pessoas promovendo saúde e inclusão social. Seja através de vigilância sanitária em supermercados, restaurantes, na garantia de ambulâncias para emergências, oferta de medicamentos, doação de sangue, leite materno e órgãos e, ou até mesmo na organização e apoio dos serviços oferecidos pelo setor de saúde privado.
Hoje o Ceará conta com cinco Regiões de Saúde, no qual dispomos de serviços de média e alta complexidade sob a responsabilidade do Estado, como policlínicas e Centros de Especialidades Odontológicas (CEO) consorciadas e os hospitais regionais, e a contínua busca do fortalecimento da atenção primária em todas as regiões.
A real efetividade desta garantia do poder público para o acesso universal à saúde depende também da comunicação. Informações de onde e como buscar atendimento para as suas demandas devem estar disponíveis de forma clara e objetiva. Fortalecer a comunicação é mais um passo importante para que a população conheça seus direitos.
Os desafios aqui elencados formam o conjunto de ações iniciais que me proponho a promover, que serão os primeiros passos de uma gestão colegiada, dialogando com todos os atores das esferas do SUS, focada na regionalização dos serviços e na humanização dos atendimentos.