A revolução de 1964 ou o contragolpe da época, levado a efeito pelas Forças Armadas, deixou uma marca negativa na mente de certos militares. Apesar de terem vencido a guerra contra os comunistas e terroristas, perderam a batalha da comunicação. Mesmo naquele período autoritário, as esquerdas dominaram as universidades públicas e a educação em geral, fazendo com que a juventude fosse doutrinada e influenciada pelas ideias socialistas.
O mundo intelectual, portanto, cunhou a ideia de que os militares são golpistas e antidemocráticos, quando, na verdade, foram eles que evitaram, em 1964, o pior para o Brasil, nas palavras do ex-ministro e ex-governador da Paraíba, José Américo de Almeida.
A Constituição brasileira é muito clara ao dizer que as Forças Armadas existem para a defesa da pátria, de suas instituições e do regime político de liberdade. Entretanto, diante da inconstitucionalidade das ações do STF e do TSE, os generais não reagiram contra o arbítrio das cortes, derrotados, talvez, pelo complexo de golpistas. O Brasil, então, está condenado a viver sem liberdade e assistir a toda espécie de barbaridade que vem sendo cometida pelos adoradores da corrupção e da ditadura.
Complexados, alguns poucos generais impediram que as Forças Armadas desempenhassem o seu papel de guardiãs da liberdade, deixando que o arbítrio tomasse conta da vida brasileira. O establishment, portanto, que se via ameaçado por um governo democrata e honesto, respirou aliviado, assistindo à derrocada de um presidente que foi eleito para combater a incompetência, a falta de ética e a ideologia socialista.
Hoje, a tristeza bate em nossa porta. Tememos ser patriotas e defensores da nossa bandeira. O entusiasmo pelo país e o orgulho sadio de ser brasileiro desabaram por terra. Assistimos a um festival de sandices e nos curvamos a um time composto de processados e condenados pela justiça. O presidente da República sonha com sua liderança de socialista na América Latina e está cercado por ditadores ou candidatos a esse posto no continente.
O foro de São Paulo foi reativado e, em breve, os programas socializantes serão postos em prática. O contribuinte brasileiro já está sendo chamado, novamente, a financiar obras e projetos em favor das ditaduras vizinhas. Os prejuízos para nossa economia se multiplicarão, na medida em que os métodos políticos de Lula, no contexto continental, forem semelhantes àqueles adotados por ele para dobrar deputados e senadores.
As Forças Armadas falharam no cumprimento de seu dever constitucional e o país está condenado a retroceder a um passado de vergonha.
