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Carlos Eduardo Marino: CearaPar e as mulheres a bordo
Opinião

Carlos Eduardo Marino: CearaPar e as mulheres a bordo

a CearaPar é uma empresa estatal que se orgulha de ter nascido com o DNA da diversidade. Seu estatuto tem disposição expressa de que pelo menos 40% dos cargos de administradores sejam ocupados por mulheres ou população LGBTQIA
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Um dos destaques da administração do Governador Elmano de Freitas foi o cumprimento da promessa de paridade de gênero nos cargos de primeiro escalão do executivo cearense. A atitude propôs a ampliação do debate a respeito da valorização da presença feminina em espaços de poder.

Embalados pelo feito e em decorrência da passagem do mês da mulher, relembramos a certificação recebida pela CearaPar no ano passado.

A CearaPar, gestora de ativos do Ceará, foi a primeira estatal e a segunda empresa sediada no Ceará a receber o selo Women on Board (WOB), em tradução livre, Mulheres a Bordo. O motivo do reconhecimento foi a presença de pelo menos duas mulheres em seus conselhos diretivos, requisito mínimo exigido pela iniciativa apoiada pela Organização das Nações Unidas (ONU). O WOB busca reconhecer, valorizar e divulgar a existência de ambientes corporativos com a presença de mulheres em conselhos de administração ou conselhos consultivos.

Criada em 2021, a CearaPar é uma empresa estatal que se orgulha de ter nascido com o DNA da diversidade. Seu estatuto tem disposição expressa de que pelo menos 40% dos cargos de administradores sejam ocupados por mulheres ou população LGBTQIA . Nossa genética é feminina: tanto na ocasião do prêmio, quanto atualmente, 45% dos administradores estatutários da CearaPar são mulheres.

Voltar a este assunto, antes de tudo, é uma maneira de incentivar outras empresas com práticas semelhantes a buscar o selo e divulgar o reconhecimento dado por ele, bem como a desenvolver políticas reais de valorização da presença feminina em cargos de destaque. Como empresa estatal pioneira nas regiões Norte e Nordeste a receber o WOB, nosso anseio é ser inspiração para que, em breve, sejamos apenas a primeira de muitas.

Afinal, este tipo de certificação só tem sentido se for amplamente anunciada, não para exaltar a ganhadora, mas para que a presença das mulheres em cargos de decisão passe a ser normalizada ao ponto de não precisar ser motivo de distinção.

 

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Carlos Eduardo Marino

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