É muito provável que você pense ou tenha ouvido falar que remuneração é apenas um custo, algo cada vez mais oneroso, que chega quase a ser mal-visto pela alta administração da empresa. Mas que tal começar a olhar para esse recurso como uma ferramenta estratégica que suporta o alcance dos objetivos da empresa?

Ok, talvez isso não lhe seja novidade e pareça conversa de "vendedor", mas você sabia que quando falamos especificamente em Remuneração Fixa, há mais estratégias (de reconhecimento, por exemplo) que podem ser adotadas além de dar um aumento salarial ou mesmo uma promoção?

É muito comum nos depararmos com casos em que se concedeu uma promoção ou "apenas" mais um aumento salarial para reconhecer um determinado colaborador, mas em equipes com mais de um empregado naquele cargo, podemos cair no comodismo da liderança de sanar as reclamações ou possíveis conflitos solicitando aumentos iguais para todos.

Em uma Olimpíada, por exemplo, podemos ter a quebra de recordes mundiais e performances excepcionais, mas não teremos resultados absolutamente iguais. Mesmo que por um milésimo de segundo, haverá um resultado (e uma medalha - ou um reconhecimento) diferente.

Deste modo, é preciso, realmente, reconhecer todos de forma igual? Ou podemos refinar nossos processos de avaliação? E aqueles que, de fato, decidirmos reconhecer, precisam obrigatoriamente ser via aumento salarial? E se estou falando de alguém que já possui um salário acima da média, talvez até acima da faixa salarial definida para aquele cargo? Vou limitar os reconhecimentos e acabar gerando uma frustração nesse colaborador excepcional?

Existe uma prática ainda pouco difundida no Brasil que consiste no pagamento de uma parcela única, calculada considerando o valor de aumento que aquele colaborador receberia multiplicado por 13,33 (equivalente a 12 meses de salário, 13º e 1/3 de férias). Trata-se do Lump Sum que, pago como Premiação, não integra a remuneração, não tem reflexo em outras verbas contratuais, como FGTS e férias, e não gera encargos previdenciários. O alerta é para que o pagamento não seja feito em dois ou mais anos consecutivos para um mesmo colaborador, para que não haja a alegação de caracterização como salário em um possível processo trabalhista.

E você, já conhecia a prática?