Há tempos, a ciência tem sido um meio de cooperação internacional por transcender limites territoriais e políticos dos países. Na Idade Média, quando surgiram as mais tradicionais universidades na Europa, acadêmicos transitavam entre as instituições a trocar experiências em uma teia da diversidade de pessoas e culturas. Naquela época e hoje, cientistas pensam nas grandes questões da humanidade e, reunidos com seus pares de diferentes nacionalidades, discutem avanços.

Exatos 105 anos atrás, em 30 de março de 1918, nascia a Escola de Agronomia do Ceará, atual Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Ceará. Além de formar engenheiros agrônomos, a centenária Escola contribuiu para estruturar o ensino superior cearense e desenvolver científica, social e tecnologicamente o Nordeste brasileiro.

Em 1963, a UFC assinou o Programa de Educação Agrícola, primeira iniciativa de internacionalização do Estado - um convênio com a Universidade do Arizona (EUA), na gestão do reitor Martins Filho. O programa formou 160 pesquisadores em cursos de mestrado e doutorado. Na volta deles ao País, na década de 1970, criaram-se programas de pós-graduação no âmbito das Ciências Agrárias, como Economia Rural, Fitotecnia e Ciência do Solo. Desde então, o CCA é destaque na produção científica, sendo fonte de 16 das 38 patentes depositadas pela UFC nos últimos anos, com ênfase em máquinas agrícolas e frutos tropicais.

Outra frente de intercâmbios é o Programa Capes/Brafagri, com acordos firmados com universidades da França nas áreas de Agronomia, Zootecnia e de Engenharia de Alimentos. Em 2020, retomamos a colaboração com o Arizona, e estabelecemos o Doutorado em Engenharia Agrícola em cotutela com a Universidade Técnica de Berlim (Alemanha). Todas essas conquistas demonstram o talento dos pesquisadores cearenses e levam com orgulho o nome das Ciências Agrárias e da UFC para o mundo. n