São várias as dificuldades enfrentadas pelo negócio de moda brasileiro, sob a perspectiva da competitividade internacional. Uma das questões mais prejudiciais é relativa ao mercado dos sites de vendas de moda chinesa.

O Brasil não estava preparado. Nesse sentido, a China destacou-se como o principal exportador para o país de insumos e produtos acabados, como vestuário e calçados. A indústria chinesa opera no campo da indústria têxtil com matéria prima e na indústria da moda-peça pronta.

Tais mercadorias são vendidas pelos sites chineses e no Brasil, especialmente, são sites que trabalham com produtos falsificados. Nesse cenário, o mercado nacional sofre concorrência desleal, pois há um descompasso frente ao preço ofertado pelo mercado lícito onerado.

A ordem econômica, pautada no artigo 170, da Constituição Federal de 1998, é inteiramente violada, em decorrência de violações à soberania nacional. Há, portanto, falta de controle interno da economia e à função da propriedade, pela descaracterização dos modelos de negócios lícitos.

Os negócios de moda nacional lícitos enfrentam uma carga tributária alta ao mesmo tempo em que os negócios chineses não são tributados da forma correta. Embora a pirataria consiga oferecer notas fiscais ao consumidor, não são notas alinhadas com a legalidade.

O consumo de produtos lícitos estrangeiros, pelo consumidor brasileiro, não acarreta problemas, pois este é o traço da globalização. Mas, o consumo de produtos exclusivamente internacionais colabora sim com a limitação do mercado nacional.

"Um país que não valoriza seus produtos, seus símbolos nacionais e sua língua, gera fragilidade na soberania nacional, bem como no processo de emplacamento internacional do mercado interno, vez que não gera valor". Uma boa contribuição dos consumidores para dirimir as dificuldades dos empreendedores nacionais pauta-se na consciência do consumidor, em optar pelos produtos nacionais e locais sempre que puder.