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Joaquim Cartaxo: A força da economia criativa
Opinião

Joaquim Cartaxo: A força da economia criativa

Entre 2017 e 2020, mesmo com a pandemia, a participação da Indústria Criativa no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro registrou crescimento ao superar 2,17% para 2,91%, aumento de R$ 20,9 bilhões no PIB Criativo durante o período
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É inegável os impactos negativos causados pela pandemia nos segmentos econômicos brasileiros. Mas alguns, como é o caso das atividades ligadas à Economia Criativa, acabaram sendo mais impactados em relação aos que dependiam menos da circulação e da aglomeração de pessoas. Apesar de todos os desafios enfrentados pelos empreendedores deste segmento, a última edição do Mapeamento da Indústria Criativa, realizado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), mostra a Economia Criativa avançando no país.

Segundo a pesquisa, entre 2017 e 2020, mesmo com a pandemia, a participação da Indústria Criativa no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro registrou crescimento ao superar 2,17% para 2,91%. Esse percentual representa o aumento de R$ 20,9 bilhões no PIB Criativo neste período.

Em 2017, o PIB Criativo, ou seja, a soma de todas as riquezas geradas pelas atividades relacionadas à Indústria Criativa formal, era de R$ 196,5 bilhões. Em 2020, este número saltou para R$ 217,4 bilhões. Tal valor equivale a 74% de todo o PIB do Uruguai naquele ano. Ademais, a Indústria Criativa contribuiu para a geração de 935 mil empregos formais em 2020, número equivalente a 70% de toda a mão-de-obra atuante na indústria metal mecânica brasileira.

Ainda de acordo com o estudo, o Ceará ocupava, em 2020, o quinto lugar entre os estados com maior participação da Economia Criativa no PIB brasileiro. Estavam à frente Rio de Janeiro, São Paulo, Distrito Federal e Santa Catarina. Do mesmo modo que ocorreu no país, o PIB Criativo cearense também cresceu de 1,8% em 2017 para 2,5% em 2020.

Quanto ao emprego, a Indústria Criativa cearense foi responsável pela geração de 21,8 mil postos de trabalho com carteira assinada em 2020. Com este número, o estado alcançou a nona colocação no Brasil e a segunda do Nordeste.

Tais dados demonstram força da Economia Criativa. Um segmento que, mesmo diante do cenário repleto de tremendas dificuldades, conseguiu apresentar resultados expressivos, tanto no crescimento do PIB quanto na geração de emprego. Resultados que demonstram ainda o imenso potencial contributivo deste segmento para o desenvolvimento do país na geração de trabalho, renda e valorização da cultura brasileira. n

 

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Joaquim Cartaxo

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